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Poesias com Chama

  • Foto do escritor: portalbuglatino
    portalbuglatino
  • 8 de jan.
  • 1 min de leitura

Ana Tristany
Ana Tristany

“Por mais que uma vela

seja vizinha

de outra chama,

 

por mais que uma vela

seja seguida

pela caravela de sopros,

 

por mais que uma vela

segure a barra do vestido

na ascensão,

 

a vela é sempre solitária,

uma forma da luz

ser indigente.”

Fabrício Carpinejar

Caxias do Sul

 

 

“DANÇARINA ESPANHOLA”

 

“Como um fósforo a arder antes que cresça

a flama, distendendo em raios brancos

suas línguas de luz, assim começa

e se alastra ao redor, ágil e ardente,

a dança em arco aos trêmulos arrancos.

 

E logo ela é só flama, inteiramente.

 

Com um olhar põe fogo nos cabelos

e com arte sutil dos tornozelos

incendeia também os seus vestidos

de onde, serpentes doidas, a rompê-los,

saltam os braços nus com estalidos.

 

Então como se fosse um feixe aceso,

colhe o fogo num gesto de desprezo,

atira-o bruscamente no tablado

e o contempla. Ei-lo ao rés do chão, irado,

a sustentar ainda a chama viva.

Mas ela, do alto, num leve sorriso

de saudação, erguendo a fronte altiva,

pisa-o com seu pequeno pé preciso.”

Rainer Maria Rilke

Praga

 
 
 

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