Mesmo na poeira, mesmo no vento.
Mesmo no instante.
Quase nula, quase tudo.
Aí está. Sempre ela.
Sempre a poesia.
1. Poesia indicada pelo Bug Latino
“Poeira no vento”
“Eu fecho meus olhos
Apenas por um momento
E o momento se foi
Todos os meus sonhos
Passam diante dos meus olhos, uma curiosidade
Poeira ao vento
Tudo o que nós somos é poeira no vento
A mesma velha música
Apenas uma gota d'água em um mar infinito
Tudo o que fazemos
Cai em pedaços embora nós nos recusemos a enxergar
Poeira ao vento
Tudo o que somos é poeira no vento
Agora, não fique esperando
Nada dura para sempre, apenas a terra e o céu
O tempo foge
E todo o seu dinheiro não comprará outro minuto
Poeira ao vento
Tudo o que somos é poeira no vento
Tudo o que somos é poeira no vento
Poeira ao vento
Tudo isso é poeira no vento
Tudo isso é poeira no vento
Vento”
Compositores: Kerry Livgren / Kerry A Livgren
Grupo musical Kansas
Kansas - Dust In The Wind (Legendado)
2. Poesia indicada por Maria Lúcia Levert
“IMAGEM QUASE NULA”
"Imagem quase nula ou tão sóbria e oculta
como uma lâmpada no dia, como uma folha entre as folhas.
Tenaz e fugidia, em subtis alentos
Está e não está no seu domínio intacto.
Perfume obscuro do sangue do silêncio.
E todavia é clara, evidente e quase nítida.
Distrai-se no espaço, nos seus altos terraços.
Está talvez a meu lado gentil e sossegada.
Respiro sem o saber o hálito harmonioso.
Não há presença mais leve, nem há glória mais nua.
Entre os nomes e as árvores é um fulgor tranquilo
que anima as palavras simples e voluptuosas.
Entre ervas e saliva os sonhos são verdades
transformadas em madeira, em pedras, em insectos.
Nada se perde no sono das suas calmas sílabas."
António Ramos Rosa
in Volante Verde, 1986
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