
Nascemos para amar. Precisamos aprender a amar. Precisamos ensinar a amar. Precisamos deixar de repetir erros e dores e injustiças e aprendizagens que nunca funcionaram. Precisamos...
1. Poesia indicada pelo Bug Latino
“O Descobrimento do Brasil”
“Tu jogaste tuas caravelas ao mar,
Tentando enfim buscar, o mundo perdido...
E foste pelos confins do mundo navegar,
Com sua marinha de marujos banidos...
Não sabias o que irias encontrar,
Mas buscava seu atalho para as Índias...
Atravessando noites sem luar,
Temendo quimeras, até chegar o dia...
Tu bem que uma hora quis desistir,
Mas tua alma dizia “não desista”
Algo além do oceano pode existir,
Até que alguém gritou “terra à vista”
E em minha orla enxergaste algo divino,
Uma natureza rica e de beleza esmera...
Então pensaste ter descoberto, eu imagino,
E assim se proclamou o dono da terra...
E condenaste a nossa nudez,
Envergonhaste-te de nossos corpos desnudos...
Mas deliciava-se com o tom de nossa tez,
E apreciava nossos seios maduros...
De nossas crenças e danças até ria,
Querendo impor sua natureza cristã...
Catequizando-nos dia a dia,
Querendo matar ao nosso Deus Tupã...
E enquanto pilhava nossas riquezas,
Faziam questão de nos educar...
Tirando-nos a verdadeira certeza,
A de que Deus está em todo lugar...
Expulsando-me aos poucos de meu lar,
E dizimando-me com sua praga fatal...
Enriquecendo-se com minha riqueza sem par!
Engordando cada vez mais o Rei de Portugal...”
Marco Ramos
2. Poesia indicada pelo Bug Latino
“Amazonidas”
“Somos filhas da ribanceira
Netas de velhas benzedeiras,
Deusas da mata molhada,
Temos no urucum a pele encarnada,
Lavando roupa no rio, lavadeiras,
No corpo o gigado de carimbozeiras,
Temos a força da onça pintada,
Lutamos pela aldeia amada,
Mas, viver na cidade não tira o direito de ser,
Nação, ancestralidade, sabedoria, cultura,
Somos filhas de Nhanderú, Senerú, Nhandecy
O Brasil começou bem aqui…
Não nos sentimos aculturadas,
Temos a memória acesa,
E vivemos na certeza de que nossa aldeia
Resistirá sempre ao preconceito do invasor,
Somos a voz que ecoa. Resistência? Sim senhor!”
Márcia Wayna Kambeba
Escritora, poeta, compositora, fotógrafa e ativista, do Povo Omágua/Kambeba no Alto Solimões (AM).
3. Poesia indicada pelo Bug Latino
“Exaltação a Tiradentes”
“Joaquim José da Silva Xavier
Morreu dia vinte e um de abril
Pela Independência do Brasil
Foi traído e não traiu jamais
A Inconfidência de Minas Gerais
Foi traído e não traiu jamais
A Inconfidência de Minas Gerais
Joaquim José da silva Xavier
Era o nome de tiradentes
Foi sacrificado pela nossa liberdade
Este grande herói
Pra sempre deve ser lembrado”
Estanislau Silva / Mano Décio / Penteado.
Samba Enredo 1949 - Exaltação a Tiradentes
Samba enredo “Exaltação a Tiradentes” cantado por Elis Regina
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