
“Atrevida”
“Tentei atravessar
Vielas, sem saídas,
Retornei.
Sem notar
Quão comprida,
Corri na avenida,
Distraída.
Desci ladeiras,
Deprimida.
Subi escadas,
Sem caídas.
Perambulei
As estradas da vida,
Atrevida.”
Leide Santos
“Cajueiro Velho”
“Cajueiro velho, vergado e sem folhas
Sem frutos, sem flores, sem vida, afinal
Eu que te vi florido e viçoso
Com frutos tão doces que não tinha igual
Não posso deixar de sentir uma tristeza
Pois vejo que o tempo tornou-te assim
Infelizmente, também é certeza
Que ele fará o mesmo de mim
Já tenho no rosto sinais de velhice
Pois da meninice não tenho mais traços
Começo a vergar como tu, cajueiro
Fui teu companheiro dos primeiros passos
Portanto, não tens diferença de mim
Seguimos marchando em uma só direção
Apenas me resta da vida o fim
E da mocidade a recordação
Cajueiro velho, vergado e sem folhas
Sem frutos, sem flores, sem vida, afinal
Eu que te vi florido e viçoso
Com frutos tão doces que não tinha igual
Não posso deixar de sentir uma tristeza
Pois vejo que o tempo tornou-te assim
Infelizmente, também é certeza
Que ele fará o mesmo de mim
Já tenho no rosto sinais de velhice
Pois da meninice não tenho mais traços
Começo a vergar como tu, cajueiro
Fui teu companheiro dos primeiros passos
Portanto, não tens diferença de mim
Seguimos marchando em uma só direção
Apenas me resta da vida o fim
E da mocidade a recordação”
João Carlos Dias Nazareth
Pai de Alcione
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