top of page
Buscar

Poesia da Carne Sofrida Feminina

  • Foto do escritor: portalbuglatino
    portalbuglatino
  • 23 de out. de 2024
  • 1 min de leitura

Park Hotel / Lucio Costa - Site archdaily

“Andrômeda”

“Estive acorrentada às rochas,

Que à minha carne insólita,

Foram talhadas.

 

Aprisionaram-me a alma em calcários.

Eu, fêmea-abrupta,

Tentei desvencilhar-me ao encalço,

De uma noite profunda.

 

Desejaram manter-me cativa,

Em minha própria floresta.

Esqueceram-se de que abrigo,

Os portais de Eubeia.

 

Sou a mítica criança,

Esculpida em mármore negro.

No brandir indômito dos desejos,

Edificarei o meu reino.

 

Assento-me rainha dourada,

No trono de uma terra queimada.

 

Sou das fêmeas que alçam voo,

No chifre da África.”

Yasmin Morais

Poesia Baiana

 

 

“Das Carnes”

“carne viva exposta

carne negra atrás da porta

-onde não importa-

carne indígena

na mata

-onde quem mata, explora –

carne de menina

que queriam menino

carne de menino

que queriam menina

-olha que lindo-

carne que se enfeita

que se transveste em segredo

carne de outros peitos

-sem peito/com peito-

carne que é mais farta

carne que não cabe

na modelo da capa

-carne que excede-

carne que não se mede

que não se encaixa

-por que tão baixa/porque tão alta?

carne que bem merece

 

carne que bem se atreve

carne que exala

-carne que excita-

(quase não goza)

carne que deita e rola

carne que consola

carne que chora.”

Lia Sena

Poesia Baiana

 
 
 

תגובות


ESPERAMOS SEU CONTATO

+55 71 99960-2226

+55 71 99163-2226

portalbuglatino@gmail.com

  • Facebook - White Circle
  • YouTube - White Circle
  • Tumblr - White Circle
  • Instagram - White Circle

Seus detalhes foram enviados com sucesso!

Acredita no nosso trabalho?
Faça uma doação
PIX: 07080548000138

bottom of page