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Poesia ao Estranho

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    portalbuglatino
  • há 1 dia
  • 1 min de leitura

Christina Motta
Christina Motta

“A um Estranho”

“Estranho que passa! você não sabe com quanta saudade eu lhe olho,

Você deve ser aquele a quem procuro, ou aquela a quem procuro, (isso me vem, como em um sonho,)

Vivi com certeza uma vida alegre com você em algum lugar,

Tudo é relembrado neste relance, fluído, afeiçoado, casto, maduro,

Você cresceu comigo, foi um menino comigo, ou uma menina comigo,

Eu comi com você e dormi com você – seu corpo se tornou não apenas seu, nem deixou o meu corpo somente meu,

Você me deu o prazer de seus olhos, rosto, carne, enquanto passamos – você tomou de minha barba, peito, mãos, em retorno,

Eu não devo falar com você – devo pensar em você quando me sentar sozinho, ou acordar sozinho à noite,

Eu devo esperar – não duvido que lhe reencontrarei,

Eu devo garantir que não irei lhe perder.”

Walt Whitman

 

“ALMA MINHA”

 

“Alma minha, perdura em tua ideia divina;

tudo está sob o signo de um destino supremo;

segue em teu rumo, segue até o ocaso extremo

pelo caminho que até à Esfinge te encaminha.

 

Corta a flor ao passo, deixa o duro espinho;

no rio de ouro leva o compasso o remo;

sapuda o rude arado do rude Triptolemo,

e segue como um deus que seus sonhos destina…

 

E segue como um deus que a sorte estimula,

e enquanto a retórica do pássaro te adula

e os astros do céu te acompanham, e os

 

ramos da Esperança surgem primaveris,

atravessa impretérita pelo bosque de males

sem temer as serpentes, e segue, como um deus…”

Rubén Darío

(Nicarágua, 1867-1916)

 
 
 

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