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"O primeiro debate" Bug Sociedade


Foto retirada do site https://www.bol.uol.com.br/

UNIVERSO, COMO PODE MELHORAR?

...E ontem foi o primeiro debate. As mulheres sobraram. Simone Tebet sobrou. Foi ágil, inteligente, falante, apaixonada, soube provocar e capitalizar a falta de inteligência do presidente – que é crônica, penso eu. Foi mulher da cabeça aos pés, com tudo o que admiramos no fato de sermos mulheres. Sentimentos e razão de mãos dadas e sendo verbalizados, divididos.

Soraya Thronicke foi mesmo uma boa aluna de Simone, mas... aluna, ainda. Ela “pisca mil vezes por minuto”, perde o timing da fala e pra nada disso eu consegui encontrar o motivo. Mas se não fossem as mulheres, Ciro teria sido o rei do debate.

Ciro, Ciro, Ciro... Você poderia ser sempre como tem aparecido na TV. Sempre me curvo diante desse brilhantismo que mostra. Se a situação do Brasil fosse diferente, certamente eu estaria em dúvida entre você e Simone Tebet. Mas há um rato que precisa ser exterminado agora e isso muda tudo.

Lula não foi a sombra da entrevista que deu no JN. Não adianta falar apenas do que foi feito; se trata de nos dizer – mesmo, a sério – que planos tem para impedir a corrupção de prosperar, já que sabemos que ela está inteira por debaixo dos esconderijos que este governo cavou e que só pretende nos mostrar quando todos estivermos mortos. Mas que já existia antes. Não adianta fugir disso porque como Lula mesmo disse, as pessoas confessaram, devolveram dinheiro. Precisamos de filtros melhores, a começar pelo poder quase supremo do presidente da Câmara e do PGR. Quer um começo? Para além do que já foi feito nos seus governos anteriores e que estamos vendo que é desmontável, destrutível, manipulável e comprável? Comece nos dizendo isso.

Felipe D’Avila é meio... como posso dizer? Chatinho. Sem explosão e sem verve. Fiquei me perguntando que lei seria a Maria da Paz que eu não conhecia, mas afinal, acho que ele se referia mesmo à Lei Maria da Penha. Falou umas 3 vezes Maria da Paz, com decisão... Mas errou e pegou bastante mal.

E agora, falando em pegar mal, vamos falar da performance ideal para metralhar o próprio pé – sim, vamos falar do candidato Bolsonaro. Bem, é fato que a grossura deste homem é inigualável e que a forma como Simone o enfrentou foi digna de prêmio. Talvez tenha sido a melhor oportunidade que ela teve de ser admirada por todas as mulheres, já que todas as sãs de cabeça têm vontade de lhe responder à altura – e ela respondeu por todas nós. Quem achou que seria pra nós impossível detestá-lo mais errou – nem posso ouvir sua voz ao longe, que dirá pensar que posso ter o enorme desprazer de tê-lo na presidência por mais tempo. Fala mal, não organiza o pensamento, trinca os dentes de um jeito patológico, cospe para o ar, tem gestos estranhos e visivelmente queria ir pra sua bolha confortável e não nos enfrentar enquanto povo – tanto que ao final, sumiu sem deixar rastro. Mas antes de sumir, mentiu. Como nunca vi igual, como se a internet não guardasse todos os ataques de falta de ar que usou para ofender aos que adoeceram – muitos por culpa de sua orientação. Em tempo: o dado de 4 milhões de pobres é mentira; ele não foi a favor do auxilio Brasil de 600, a Petrobrás não perdeu 600 bilhões, somos o quarto país em termos de aumento de inflação e, portanto, não matamos nada na economia a pau no mundo todo - e pra quem “ama as mulheres” ele é um grosso insuportável que não consegue encarar as coisas que fez e se justificar com palavras.

Brasil, o que nos reserva o destino? Alguém falante e preparado? Um bom negociador? Alguém que sente, pensa e fala sobre isso? Universo: como pode melhorar? Como pode ser mais fácil, mais feliz, mais leve, mais Brasil de verdade?

Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV


“Ai a boa educação!” Bug Sociedade

Quantos como eu tiveram pais, tios, irmãos, vizinhos, amigos, professores, ídolos, que lhes ensinaram, o que é a boa educação? Que diziam e dizem, que faziam e fazem o que é certo, o que é respeitador, honesto, de bom senso, ponderado, gentil, nobre? Que pensam no outro, que cuidam dos que os rodeiam?

Tem a ver com o que se diz, como se olha, o tom do que se diz, o corpo gentil que se coloca. O que se faz ou se opta por não fazer. Acima de tudo tem a ver com o que se sente e com o respeito que se tem com os outros, sejam quem forem.

Sou portuguesa, amo muito o meu país, mas sempre senti um amor pelo Brasil que não cabe no meu peito. Essa sensação é maior ainda agora que vivo, que faço parte, que aprendo e cresço com a sua benção, a sua magia. Encontro amor, gentileza, sorrisos, olhos doces por todos os lugares que vou: o senhor ou a senhora onde compro pão, onde compro legumes, fruta, queijo, o senhor que vem mudar o filtro da água, o que passa vendendo ovo, gás, vassoura, etc. Faço amigos novos em cada manhã de caminhada porque as pessoas têm o coração e os braços abertos, para além de um sorriso inteiro, cheiroso. É uma alegria, uma alegria, uma alegria.

Aprendo em cada dia, muito, muito, muito. A riqueza das palavras por exemplo. Todos os dias tem uma nova palavra, uma forma descontraída ou mais formal de dizer o que se sente, o que se aprende, ou mesmo as dores. Palavras musicais, palavras coloridas, palavras aquecidas, palavras geniais.

A gentileza mesmo quando se percebe que a pessoa está sofrendo, mesmo quando está com fome, mesmo quando está desesperada. A gentileza lá está, presente, presente, presente.

A vida é dura, é difícil, é complexa, complicada, mas a alegria, a boa disposição, a vontade de seguir e de resolver sempre sorrindo, está por toda a parte.

É impressionante! Como amar mais quando já se ama para lá do peito? Quero e tento a todo o instante ser merecedora desse amor e principalmente saber retribuir em dobro, em triplo.

E aí eu deixo uma pergunta que insiste em me cutucar: um lugar que é tão encantador, com pessoas tão encantadoras, lugar que nos enriquece a cada momento, nos ensina a ser melhores pessoas, nos mostra a gentileza, mesmo na dor, na dificuldade, pode ser liderado por alguém mal educado, grosseiro, venenoso, mau caráter, deselegante, desagradável, inundado de maldade, de inveja, de mentira, vazio de bondade, gentileza, vazio de conhecimento? Cego pela arrogância, pela ambição, pela gulodice, pela soberba, pela empáfia? Que mistura conceitos para confundir as pessoas mais simples? Isso é possível ou é um pesadelo que eu tive? O que o universo me quer dizer? O que o universo está a pedir? Alguém sabe?

Ana Santos, professora, jornalista

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