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“MAQUIAVEL, MEU AMOR” e “Patinetes e celulares” Bug Sociedade

Foto do escritor: portalbuglatinoportalbuglatino

Isabel Meyrelles
Isabel Meyrelles

“MAQUIAVEL, MEU AMOR” Bug Sociedade

Na sexta passada comecei a viver um mal estar permanente – estaríamos vivendo dentro dos conselhos usados por Maquiavel, no Príncipe?  Não leram? Deveriam. Os políticos de ultra direita estão meio que plagiando tópicos consecutivos da obra dele. Acham normal, ao invés de nós, aqui no Brasil, estarmos preocupados com o aquecimento global, meio ambiente, com o calor deste verão, com a falta de chuva, ou chuva demais, ou seca demais, pra pensarmos que a “Boneca Inflável Trump” está de olho no Canadá, pode invadir Groenlândia ou quer transformar a Palestina na “Riviera do Oriente Médio”? Repararam que ele é mestre em inventar problemas inexpugnáveis que nos tiram da realidade plausível, de preocupações plausíveis para nos jogar no limbo da sua imaginação?

E a gente embarca como se fosse uma subalimentação para todos os medos recalcados que colecionamos na vida. Iremos morrer? Um insano cor de laranja quer atacar todas as pessoas que estão quietas e sossegadas no mundo? Tem gente que pode, que ousa, que é louca o suficiente para ser fã de um cara que não se importa se o mundo acabar? O pessoal de São Paulo, pensa nesse traste cada vez que a chuva aumenta? O pessoal de Santa Catarina acha mesmo uma ótima ideia fazer um prédio residencial com 154 andares, mais de 500 metros de altura num estado que está frente a frente com o aquecimento global e clima extremo, enchendo, enchendo... a cada chuva enchendo mais?

São Paulo foge da mídia, enchendo, enchendo... aquele governador cheio de si, que dizia que não estava nem aí pra denúncia feita contra ele na ONU, agora tartamudeia palavras sem sentido quando uma professora lhe cobra como chefe, como quem lhe paga o salário sobre a privatização de escolas. Olha seu estado afundar nas obras contra o clima extremo que ele não achou importante fazer porque nem acredita que ele exista... Se usa o boné do Sukitão, deve sentir simpatia pelas simpatias do outro... E o Sukitão acha que o clima está igual, nada está derretendo e o clima está cada vez mais agradável. Santa Catarina, o estado de ultra direita, vai afundar, vai morrer afogada em chuva gritando I love u, Sukitão!!! Senna Tower coloca na berlinda o nome do Ayrton... Será que ele também seria Sukitão? Será que ele se sentiria à vontade, vivendo capítulos consecutivos do Príncipe, de Maquiavel, depois da aposentadoria? Para alguém é confortável ver a frase: “Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, faça-o de uma vez só” se concretizar no seu dia, na sua vida, em ameaças constantes, na tentativa de esconder problemas reais, criando novos problemas – que não sabemos se serão reais em algum momento?

Guerra comercial. Ameaças. Aquela boca de boneca inflável falando, falando... desdenhando da Palestina, dos palestinos que morrem como moscas. Contra o aborto e matando mulheres palestinas grávidas de 8 meses – e isso no cessar fogo, no armistício, na trégua...

"Fora com os imigrantes, revivendo o fora com os judeus". É um pesadelo repetido, travestido de laranja.

O fato é que Maquiavel e o que ele escreveu nem chegam perto de viver a sua escrita na vida real - recriada pelo homem laranja. Usar a democracia para ultrajar a democracia, a liberdade para ultrajar as liberdades.  Quem acreditou que uma boca que se abre pra dizer esse tipo de palavras poderia criar soluções boas está sendo expulso, algemado dos pés à cabeça, comendo pão e água e abortando não o sonho, mas a ilusão americana – que claro – virou desilusão.

"A realidade é a única verdade; a desilusão é apenas a expectativa não correspondida." - Autor desconhecido

Com tantas perdas em vista, projetadas pelo aquecimento global da vida real, quem comprar seu apartamento no Senna Tower, primo pobre – pelo menos em criatividade - da Trump Tower, terá a sua frente um futuro que não terá terra plana, não será sem vacina, mas terá sofrimento e terra arrasada pela água e pelo sol – que não pararão de cair com as ameaças e maledicências do Trump, acreditem.

Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV

 

“Patinetes e celulares” Bug Sociedade

Em setembro de 2023, Paris proibiu a circulação de patinetes. Anne Hidalgo, prefeita da cidade considerou que os equipamentos criavam uma completa “anarquia” na cidade, aumentaram os acidentes, os feridos e mortes.

Salvador, iniciou em 3 de janeiro de 2025, a circulação deste equipamento na cidade. Se procurarmos notícias sobre o assunto, com um mês, é só alegria e sucesso. Tanto que até vão aumentar as zonas de circulação, a quantidade de equipamentos, etc. O que não se fala, nem se escreve, mas basta andar na rua para ver, é que quase ninguém anda com capacete, muitas vezes se vê duas pessoas no mesmo patinete, menores de dezoito anos utilizam os patinetes, e quem os utiliza estaciona o equipamento em qualquer canto. Tudo que dizem ser proibido. Hoje pela manhã tínhamos uma patinete em cima da nossa calçada, por exemplo. Numa lógica antiga e de bom senso, exemplos do que acontece outras cidades, com calçadas excelentes – como é o caso de Paris - nos deviam afastar destas patinetes. Mas, numa cidade como Salvador, com calçadas que circulam entre inexistentes, esburacadas, perigosas, e em alguns locais como por exemplo Barra, Pituba, são razoáveis ou até normais, em pleno 2025, alguém considerou que esta era uma excelente atitude. Será que existe alguém, envolvido nesse negócio, que sabe um pouco sobre equilíbrio, centro de gravidade do corpo humano, segurança, coordenação motora? Não deve existir porque não é possível que não percebam como o risco de cair é extremamente elevado num equipamento desses – por isso é que era utilizado com um pé no patinete e outro no chão, dando e tirando velocidade, de acordo com a necessidade. Infelizmente e lamentavelmente prevemos muitos acidentes, muitos feridos e talvez até mortes, como aconteceram em Paris e outras cidades de outros países (dos EUA, Europa e Austrália) e mesmo daqui do Brasil – acidentes dispararam em Porto Alegre, em 2023, envolvendo patinetes. O ser humano tem uma capacidade para criar problemas que me assusta...

Bob Dylan, não para de nos surpreender. E que bom que isso é. Um homem que pensa pela sua cabeça, disruptivo, pensador, carrega uma lógica e um bom senso individual muito próprio, que devia ser ouvido, devia servir de aprendizagem para todos, não só pelas canções e suas letras, como pelas suas opiniões e ações.  Há vários anos, desde que existem celulares com câmera fotográfica e câmera de vídeos, inovou. Nos seus shows, não quer que ninguém tire fotos, nem filme, e isso inclui o público, os jornalistas, todos os que estão presentes. Começou por contratar a empresa Yondr para proibir celulares durante os seus shows. Basicamente o celular é colocado numa sacola fechada magneticamente. A pessoa fica com o seu celular, mas não o pode utilizar. Em caso de emergência, criou um espaço para onde a pessoa se desloca – afastado do show – onde ela pode “desbloquear” o magnetismo, e utilizar o celular. Se desejar voltar ao show, terá de voltar a “fechar” o celular de novo. Essa inovação tem sido avaliada pelas escolas como uma possibilidade  – alunos, ao entrar na escola, têm seu celular colocado numa sacola magnética, até a hora de sair. Ou, de cada vez que entram numa sala de aula. Famílias também pensam na possibilidade de criar horários de utilização de celular, aos filhos, utilizando essa “mecânica”. Ainda tudo muito em estudo, ainda é uma estratégia bastante dispendiosa, atrapalha o fato de impedir a chamada rápida de ajuda médica, em casos de acidente por exemplo.

Não sabemos se será a melhor forma para resolver os problemas com celulares nas escolas, mas é um começo de procura de soluções. Quem sabe, entretanto, aparecem ideias melhores, mais baratas, mais funcionais e de acordo com o bem estar de todos. Já no caso de Patinetes vemos que não interessam ideias disruptivas, melhores soluções, nem a insegurança que causam a todos os que andam nas calçadas caminhando sobre seus amados pés. No caso do celular procura-se o que pode ser mais saudável e até quem sabe o bem estar de todos, mas nas patinetes parece que o caminho é mais o bem estar da conta bancária e quem se magoar – paciência. Tá difícil...

Ana Santos, professora, jornalista

 

Revista médica Injury Prevention

https://injuryprevention.bmj. com/

 
 
 

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