Duas vezes Poesia
- portalbuglatino
- 19 de mar.
- 1 min de leitura

“DUAS VEZES”
“duas vezes
apagaram meu rosto
me puseram uma máscara
uma vez
Agora depois do delírio
mostro o rosto
as penas em minhas mãos
o som nos olhos dispostos
o corpo guarnecido
atravessado apenas
por um cordão de ar”
Lía Colombino
Paraguay
“ÀS VEZES EU, SEMPRE TU”
“Às vezes,
quando percebo o absurdo da realidade
quase escuto meu ronco
respirar, despertar, respirar…
geralmente não funciona
de quanto mais necessitas para deixar de necessitar?
fique um pouco mais,
vamos cozinhar algo
eu,
que durmo com os pés descobertos
que sempre senti tua falta
que me pergunto respostas
e me respondo perguntas
que logo fiquei sem nada mais para dar
e se dormirmos juntos?
fique para dormir,
vamos dormir juntos
para sempre
que me entreguei à zoofilia
eu a chamei de outra coisa e descartei a moral
as categorias, os obstáculos,
procurei coisas que não entendia muito bem.
tu,
que tens tanto medo, tanto medo
que compreendes o medo e nada mais
que não gostas de tranças
que te aproximas da luz
apenas para agigantar a tua sombra e te sentir bem grande, maior
E se falarmos de outra coisa?
Está fazendo frio
melhor que ponhas um gorro.”
Camila Recalde
Paraguay
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