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“BRASIL, 100 DIAS DEPOIS” Bug Sociedade


BRASIL, 100 DIAS DEPOIS

Quem poderia imaginar que os primeiros cem dias começariam antes dos cem dias convencionais começarem, com uma “gente saindo” pela porta dos fundos da história, mas rasgando lixo, raspando o tacho, quebrando tudo, matando emas e peixes sem não perderem nem uma moedinha. Rasparam tanto que quiseram levar tudo – até o que não lhes pertencia. Por um triz nossas “joias árabes” iam virando “cabrito” – ou item “desviável” da “casa dos donos” – no caso, nós, o Brasil.

Mas teve muito mais coisa emocionante. O novo presidente colocou sua roupa “super” e teve que nos defender com ministros, senadores e deputados de um ataque pirata – daqueles sujos, pelas costas, tentando nos impor o que ninguém aceita mais – ditadura. De “falsos patriotas” a terroristas presos, vamos responder nos próximos 100 dias – com “Xandão” nos defendendo com sua capa indestrutível – democracia.

Se fosse um Governo só de defesas, já seria incrível. Foi mais. Nos trouxe autoridades com domínio da palavra falada, ao invés dos palavrões, impropérios e xingamentos que ouvíamos todos os dias. Flavio Dino, Silvio Almeida, Tebet, Marina, Arielle, Guajajara, Margarete – muito mais que nomes, rostos, pessoas de verdade, defesas, palavras, povo, nós! Meu coração começou a morar com eles, a chorar com eles e os Yanomamis, eles e os negros e com eles o dedo que aponta o criminoso ficou mais forte. A Polícia Federal voltou ao normal, não é mais burra e voltou a investigar coisas que fazem sentido. Infelizmente “achou” mais de 500 células neonazistas no Brasil. Uma ânsia, um vômito. Homens inseguros dando tiros e facadas para se autoafirmarem, ao tentar destruir tudo o que não é pênis. Nojo e asco aos que tentarem nos privar de sermos livres.

100 dias e muito projetos voltaram. Mais 100 dias e novos projetos devem e precisam surgir. Precisamos entender que conversar é uma norma humana – quem não domina as palavras é apenas mais um troglodita idiota – e o Brasil anda lotado de covardes batedores de mulheres, de carteiras, de princípios.

Cem dias e só o mercado pensou fixamente na taxa de juros – que deveria ter pensado desde o ano passado, enquanto a idade média morava aqui e fomos roubados em bilhões que eles “nem perceberam” que saíram voando pra pagar uma reeleição comprada. Pobres? Querem que continuem invisíveis. Só que não.

100 dias de governo e eu senti orgulho de nos ver pelo mundo novamente. O Brasil voltou! À vida – estávamos na UTI da estupidez e tem gente que não quer sair dela. Amei conhecer a Janja, adoraria falar com ela sobre uma campanha para desenvolver a linguagem oral das crianças, adoraria contribuir com Camilo no passo anterior da escrita – a palavra falada. 100 dias. Vocês viram o tempo passar?

Eu não. Eu apenas vivi intensamente cada segundo. E estamos vivos e livres pra contar!

Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV


“100 dias” Bug Sociedade

O que você é capaz de fazer em 100 dias? Quantos problemas consegue resolver? Daqueles complexos? Quantas desgraças você consegue resolver? Daquelas que nunca mais terminam? Que a toda a hora se descobre mais um problema dentro da desgraça? É obra o que se fez no Brasil nestes 100 dias. Podemos apontar problemas, sempre podemos. E sempre encontraremos. Mas as pessoas com valores morais idôneos, sabem a dimensão do que se fez. Limpar as desgraças e construir implica muito de muita coisa. Temo que muitos seres humanos não saibam dar valor, nem tenham a mínima ideia do que significa e do que implica fazer, construir, melhorar, implementar, apoiar, partilhar, zelar, em um segundo, quanto mais em 100 dias. Respeitar o trabalho feito e desejar mais 100 dias e mais e mais de construção. E olhar atento porque o que aconteceu no passado recente, não desapareceu. Está em silêncio, latente, aguardando condições para voltar. E não podemos mais permitir a volta. Não mais.


No último jogo antes dos playoffs da NBA, num dos jogos mais importantes da temporada para os Minnesota Timberwolves, Rudy Gobert dá um soco num dos colegas de time, durante uma paragem, Jaden McDaniels fratura ossos da mão direita por dar um soco na parede (fraturou ossos da mão), num “desabafo?”. Responsáveis do time comentaram que a imaturidade tem sido um dos problemas este ano, especialmente imaturidade nos maus momentos. Minnesota Timberwolves, perde dois jogadores, defesas importantíssimos, para mais um jogo de “vida ou morte” na terça-feira. O dono dos Dallas Mavericks decidiu impedir de jogar os melhores jogadores do time no último jogo, estranhamente recusando lutar pelos playoffs. Chicago Bulls venceram o jogo e estão nos playoffs. A NBA vai investigar. O que será que vai encontrar? O que faz um empresário que, além de outros negócios é dono de um dos maiores clubes da NBA, subitamente desistir de lutar onde investiu centenas de milhões de dólares? Para quem não sabe estamos a falar de Mark Kuban, 59 anos, o “tubarão milionário”, que vendeu sacos de lixo aos 12 anos, com uma fortuna estimada em 3,3 bilhões de dólares, que ensina a ficar rico num programa de televisão bastante conhecido. Em causa está um conceito chamado “tanking” - optar de forma propositada por desempenhos maus para na temporada seguinte ter mais hipóteses na lotaria do draft. É que no próximo ano chega à NBA um jogador francês, chamado Wembanyama, com uns humildes 2,23 e elogiado por todas as estrelas. Vale tudo?


Mais um conceito para juntar ao nosso vocabulário: “Body Shaming”, uma espécie de vergonha do corpo imposta pelos comentários de outros. Alguém considera que você está gorda, que tem celulite e estrias e mais não sei o quê e resolve comentar e achar que sua opinião é importante nessa matéria. Muito comum nas redes sociais mas não só. Isto já existe há “muitos séculos”, bem próximo de todas nós – é mais frequente quando dirigido ao gênero feminino. É a razão de muitas mulheres deixarem de consultar aquele médico ou aquela médica por exemplo. De parar com amizades, relacionamentos, relações familiares, etc. E eu sempre penso: porque as pessoas não se preocupam com o que se passará com aquela pessoa e fazem sempre o que não ajuda nada – meter-se na vida alheia? Aff...



O mundo escolar, acadêmico, do Coaching, dos palestrantes, talvez até da literatura e outros, está a mudar. Com a criação de ChatGPT, ter talento precisará passar por uma redefinição.

O mundo muda e nós precisamos mudar com ele mas ajudar a mudar para melhor.

Ana Santos, professora, jornalista


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