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“2025 – ANO REGIDO POR XANGÔ” e “Caminho das pedras” Bug Sociedade


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Athos Bulcão, Painel de azulejos Universidade Regionaldo Cariri. URCA, 1999. Crato, Ceará, Brasil. Foto Pablo Manyé

“2025 – ANO REGIDO POR XANGÔ” Bug Sociedade

Acabei de ouvir. 2025 foi entregue à justiça. Como será que os políticos vão reagir a isso? Como o planeta reagirá diante de nós e do calvário que criamos no meio ambiente? Calvário que nós mesmos construímos? Como vai ser quando o nosso partidarismo for confrontado com uma tempestade tropical? Quem nos será mais útil? A ultra direita ou um indígena, um caboclo da Amazonia? Um cafuzo da Bahia?

Xangô pode nos obrigar a valorizar o certo e não o que ambicionamos. Pode revalorizar a escola como um lugar de conhecimento e não apenas o diploma e depois a indicação política, o cargo que cai no colo de poucos, a rachadinha.

Por outro lado, pode valorizar o trabalho de quem se esforça, pode dar visibilidade a quem se dedica, pode dar vitória.

Aqui na Bahia, mesmo os mais céticos, hão de sentir um frio na barriga: senhores políticos do Brasil, vocês que mentiram sobre associações com traficantes, que sujaram a palavra narrativa, que foram maledicentes apenas para ganharem, que compraram votos, cuidado: Xangô é justiça. Já pensou se o seu machado - que corta nos dois lados - achar os autores dos incêndios na Amazonia e no Pantanal? Já pensou no que pode acontecer com quem tentou dar golpe de Estado? Ano que vem certamente haverá julgamento para os organizadores...

Em compensação, quem andou direito terá os olhos benevolentes do orixá sobre seu destino. Aos bandidos que estão matando até quem apenas anda de branco às sextas, olho na energia da justiça. Alô Rio de Janeiro e a Linha Vermelha! Alô São Paulo e a falta de luz que mata a população, em nome dos que votam só em partido e não em competência!

Procure um espelho. Olhe-se. Há perguntas difíceis que temos que nos fazer. O que você plantou? Sua colheita depende disso! O que você plantou? Por que você nasceu? Qual é o seu dharma? O que prometeu fazer para ajudar o mundo?

Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV

 

“Caminho das pedras” Bug  Sociedade

Vinicius Jr não ganhou a bola de ouro. O caminho de “underdog”, permanece. Faz parte dos que têm de sangrar profundamente para obter esse troféu tão desejado. Como dói ver o caminho das pedras que ele tem de fazer. É um menino muito inquieto, brabo, sofrido. Ele sabe há muito tempo as portas que não se abrem para ele. O mundo do esporte é muitas vezes ridículo na forma como exclui uns atletas e apadrinha outros. Também me pergunto porque Rodrigo, brasileiro do Real Madrid, não fez parte da lista. Minha mente insiste em me dizer que alguém não fez bem o “trabalho de campo” para Vini ganhar. Tem algumas coisas que precisam ser feitas, e algumas que não podem ser feitas, para os que querem fazer parte desse circo de quem ganha mais bola de ouro. E empresários, diretores, presidentes de clubes e de confederações precisam fazer trabalho de campo.

Também me pergunto qual é o objetivo, quando num esporte coletivo se dá 90% de prêmios individuais. Desculpem mas tem algo de profundamente errado nisso. Talvez a Nike, Adidas, etc, possam nos explicar melhor.

A segunda ronda das eleições terminou no Brasil. Também não entendo porque alguns candidatos, eram candidatos. Porque não havia melhor? Porque os melhores não quiseram ir? Porque já se sabia que esse partido ia perder e portanto qualquer pessoa serve? Gastar milhões assim?

Por vezes parece uma pequena maldição, sabe? Aquilo que você vê, não sabe porquê nem de onde isso lhe sai, mas você sabe algo sem ninguém lhe dizer. Você olha as pessoas e vê. Vê o que são, o que sentem, o que sofrem, o vazio que as acompanha, a dor que as sangra, a solidão bem colada naquele olhar tão fundo, triste e desamparado. As pessoas estão atoladas de deveres, com o futuro inundado de compromissos. Ocupadas no puzzle da vida – mais uma peça encaixada, agora vou fazer as beiras, os cantos, as partes mais coloridas, a parte mais densa, etc – sem espaço para ser. Mas como se avisa do caminho errado que estão a fazer? Que vão direito a um abismo? Vão entender e aceitar? Vamos a tempo? Seguem e consideram tudo isso cansaço próprio dessa vida dura? Quem trava isto? Em si? Nos outros? Quem sabe a senha? O segredo? Quem corta o ritmo, se religa, se arrisca, se ouve, sai deste emaranhado de obrigações? Se salva?

Vinicius, o que fazem de errado com a gente não nos pode fazer desistir, nem mudar nosso caminho. Esses que decidem terão de te aceitar e isso só é possível porque você vai continuar e continuar e continuar. Até que te vejam. Só consegue quem não desiste.

Os candidatos a eleições precisam de passar por algum crivo, casting, enem, algo, algo que os faça melhorar. Não é possível que para um trabalhador nunca sejam suficientes suas qualificações e para candidatos políticos baste apenas existir.

O que percebemos antes dos outros, sobre os outros, precisa ser algo útil.

Farid Dieck, reforça a ideia de que precisamos lembrar da morte como algo que existe, para darmos valor a cada momento. Se fossemos eternos, nada teria valor porque poderíamos repetir as vezes que quiséssemos. Então que isso nos dê responsabilidade em cada momento, quando escolhemos o melhor – jogador, marido, amigo, destino, trabalho, caminho, o que for – quando nos candidatamos a um lugar político, quando precisamos avisar alguém do perigo na sua vida. Porque estamos aqui agora e parece que é para sempre, e sempre em excelentes condições. Mas não é verdade, sabemos que não é verdade e precisamos ter isso em mente, constantemente, para valorizarmos tudo e todos.

Ecoam pela vida fora os “não” que ouvimos na caminhada. Injustos, demasiados, surpreendentes por vezes. Quase nos bloqueiam. Não são os que dão os “não” que decidem se bloqueamos. Somos nós.

Ana Santos, professora, jornalista

 
 
 

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