“TIRA-DÚVIDA POLÍTICO” e “Preconceito cognitivo por Interesse Pessoal” Bug Sociedade
- portalbuglatino
- 5 de ago.
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“TIRA-DÚVIDA POLÍTICO” Bug Sociedade
Para aquelas pessoas que ainda estão participando das passeatas “pró Bolsonaro” ou para aquelas que foram aos atos “anti- Xandão”: sinto dizer, mas ainda quando presidente, ele sabia muito bem discernir o que era crime e o que não era - inclusive por ter inúmeros advogados e pareceres jurídicos atrás de si o tempo todo. Tudo de que foi acusado aconteceu: as joias sumiram, as vacinas demoraram, nunca deram AIDs, ninguém é gay por tomar ou não tomar vacina, ninguém virou jacaré, a economia desacelerou porque no mundo inteiro as pessoas estavam tentando não morrer de COVID – menos aqui, onde havia gente que tomou remédio de vermes – sim, lombrigas – achando que o vírus iria morrer/sumir/fugir. Como vírus é totalmente diferente de vermes, quem morreu mesmo foram as pessoas. Só lembrando: morriam de Covid não ou mal tratada.
Sim, ele imitava pessoas com falta de ar, com aquela “zero empatia de sempre”, tratava as mulheres como lixo e enquanto tudo isso estava acontecendo, ele urdia e induzia pessoas a se colocarem contra o Brasil, numa tentativa sucessiva de golpe de estado que dura até hoje, com as ações do Eduardo e Paulo, lá nos “States”. Pegou inúmeros velhinhos, que ainda acreditam nessa bobagem de comunista, de Brasil virar Cuba ou Venezuela, da Terra “mudar de eixo por causa dos comunistas”, do “ranço muçulmano, que está no sangue dos refugiados em Paris”, do “socorro espacial que se pediu aos ETs com as lanternas dos celulares apoiadas na cabeça”.
Sim, do nada, essas pessoas de alguma forma acreditam que o fato de Trump atacar o Xandão é uma espécie de punição para ele, como se faz ao “menino malvado” - mas esquecendo que o Xandão não está julgando o 8 de janeiro porque é mau, mas porque pessoas atacaram os três Palácios da República e destruíram tudo o que estava lá dentro – e loucamente, documentaram toda a ação - todos a viram pela TV porque passou ao vivo. Alguém denunciou, aceitaram a denúncia e o processo começou. Pode parecer que o Xandão exagera, mas ele dá a pena, conforme o que está escrito na lei e lá na lei está escrito que cada crime cometido vale tantos X anos de prisão. É muito? Pouco? Vamos mudar a forma de ver: é o que está escrito. Ele não inventa os anos de prisão que cada réu pega. E também não dá as penas sozinho – as pessoas podem ou não gostar, mas aquelas 11 pessoas são os juízes mais importantes do Brasil, ou de mais alto grau. Você não gostou do Xandão? Reclame com o Temer. Você não gosta do Fux? Reclame da escolha da Dilma. Eles não invadiram a sala do Supremo. Foram indicados, fizeram uma prova oral longuíssima com os senadores e passaram.
O Xandão foi indicado por um presidente de direita – por sinal péssimo para o povo. Mas se o juiz for “pender seu julgamento” para um lado, então a coisa vai péssima para a justiça. O Bolsonaro cometeu vários crimes e ele sabia disso, tanto que fugiu. O Eduardo está cometendo crimes e ele sabe disso, tanto que se picou. A Carla Zambelli sabia muito bem que não devia estar apontando arma pra ninguém na rua, ainda mais na véspera da eleição – mas ela apontou assim mesmo, todos nós vimos. Ninguém inventou ou contou ou aumentou – nós vimos. Por isso ela fugiu para Itália – e lá, a mão comprida da justiça já a pegou também. Não é mão do Xandão – é a mão da justiça brasileira.
O que Trump faz não é contra a esquerda, os comunistas ou o Xandão: é contra o nosso direito de termos escrito e de obedecermos às leis que existem no Brasil. O Xandão não é mau, nem bom. Apenas obriga que a lei que está escrita, seja cumprida. Como agora que, vendo o ex presidente cometer mais um crime, ao fazer uma live pra passar na passeata pela pró[ria anistia, desobedeceu ordens - não do Xandão, mas da justiça. Nada restou ao Xandão, senão mandar prender o criminoso - pra sorte dele - em casa.
O resto é história. Existem pessoas que mudam o significado das palavras tentando nos enganar: mentira não é “narrativa”. É mentira. Quem mente é mentiroso. Não é fake News. É noticia falsa. Quem falsifica notícias comete crime. Jornalista que emite opinião, ao invés de narrar fatos, falsifica a informação. Se deixar contaminar por Influencers é absurdo. Ponham os pés no chão, olhem os fatos. Se desapeguem de partidos. O Brasil está sendo atacado pelos Estados Unidos. Você está ao lado dos traidores ou dos brasileiros?
Simples assim.
Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV
“Preconceito cognitivo por Interesse Pessoal” Bug Sociedade
Quem nunca sentiu e afirmou como verdade absoluta, que seus fracassos foram causados por infelicidade, azar, incapacidade de outra pessoa, pelo clima, etc? Se outra pessoa se justificar da mesma forma, percebemos que aquilo não é muito correto, mas não conseguimos ter a mesma objetividade em relação a nós. Porque não aprendemos a fazer isso bem, talvez, ou porque a sociedade normaliza esse comportamento, talvez, ou por outras razões mais voltadas para a economia de esforço do nosso cérebro, dizem os especialistas. A verdade é que sendo “boa pessoa” ou não, todos aprendemos isto e precisamos desaprender. Começa por nos darmos conta que isso é uma realidade em nós, começa também por aceitarmos que isso acontece sem muita consciência. Isso vai ajudar muito. A partir desse momento, estamos atentos, cuidando, tentando agir sobre a situação.
É hábito, as circunstâncias surgem como justificativa para quando algo nos corre mal, mas isso apenas atrasa nossa melhoria porque não entendemos que podemos ser melhores e que depende de nós apenas - a mudança. A chuva é a causa? Vai chover sempre, mas da próxima vez, quem sabe, levar roupa para chuva, guarda-chuva, nos coloca disponíveis para mudar o estado das coisas. Fazer a nossa parte. Em vez de ficarmos estáticos, com a sensação que temos razão, que não temos culpa. Isso não vai adiantar em nada – e o tempo passa, entretanto. Vi, por muitos anos, atletas que não se dispunham a melhorar porque achavam que nada faziam de errado e os outros, seus treinadores e as circunstâncias era a razão dos erros. Sem darem conta, perderam imensas oportunidades de vitória, de desenvolvimento, não se disponibilizando para buscar soluções, se melhorar, prever problemas, por exemplo. Substituir pessoas, demitir pessoas, mudar tecnologia, maquinaria, foi sempre a solução – mas a solução principal nunca aconteceu. Para a história fica, infelizmente, a sensação de que eles eram bons, mas tudo em seu redor os atrapalhou. Para alguns até os pais eram vistos como causas de insucesso. Sem dar conta, desperdiçando tempo, oportunidade, crescimento. Sem dar conta, perdendo a oportunidade de “utilizar sua mão” para “amassar o pão”. Quem nunca? Por isso é bom darmos conta deste preconceito, deste viés, para o “resolver”.
Por outro lado, tudo o que se alcança é mérito e responsabilidade, é trabalho e dedicação, é talento e nobreza. Nessas horas não nos lembramos que “não choveu”, que foi nosso pai que resolveu o problema que surgiu, que foi o amigo que nos deu carona, que o médico foi fundamental ao fazer tudo bem e a tempo, etc, etc, etc. Só vemos como somos bons.
Além disso, precisamos, nas horas de sucesso, ouvir os que nos apontam os defeitos e os erros com objetividade. Palmas e sorrisos são bons mas podem nos anestesiar porque mesmo nessas horas não somos perfeitos. Quando obtemos sucesso, seja no esporte ou no negócio, nem sempre quer dizer que estivemos bem. Muitas vezes, quem consegue é quem esteve menos mal. Quantas vezes somos os eleitos porque os outros foram quebrando, falhando, desistindo, mudando de interesse. Ou conseguimos porque os competidores falharam mais, a oportunidade está mais adequada no momento ao que temos e como somos. Lembro do mundo da moda onde não entravam modelos que não fossem magras e agora isso está mudando – lento mas mudando. O conceito de beleza vai mudando também. O conceito de bom negócio, igualmente.
Seja como for, tento aprender:
Quando não dá certo, preciso me perguntar onde tenho de mudar, o que me falta fazer. Tentar fugir de olhar os outros e a situação em busca de razões externas;
Quando dá certo, onde errei? Onde poderia ter sido melhor? E a quem agradecer pela colaboração?
Aprender não tem idade, nem lugar, nem status.
Ana Santos, professora, jornalista
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Terça-feira, dia de escrever sobre o que acontece no dia a dia. De crítica, de conselhos, de admiração, de espanto, de encontrar caminhos melhores para todos.
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