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“PONTOS DE VISTA DIFERENTES PARA O EMBARGO AMERICANO” e “Preconceito cognitivo da correspondência” Bug Sociedade

Flavio Cerqueira
Flavio Cerqueira


“PONTOS DE VISTA DIFERENTES PARA O EMBARGO AMERICANO” Bug Sociedade

Existem pontos de vista completamente diferentes para os mesmos fatos, acontecimentos. Basta nos colocarmos diante deles e... interpretamos de maneiras peculiares. Díspares até.

                  O Sukitão do Trump soltou no ar que vai nos sobretaxar. Oh! – você pode pensar. Contratos perdidos, carne brasileira, a laranja, o café, o breakfast aniquilado, meu Deus e agora as galinhas que dão os ovos que são comidos com bacon e aquele café aguado americano... Meu Deus e agora o hamburguer? Os fazendeiros, “o agro é pop”, os bolsonaristas, os CACs, as armas...

Ou, de maneira diametralmente oposta, você pode firmar a vista e ver que a guerra imposta pela polarização perdeu a razão de ser porque agora estamos todos juntos – os verdadeiros patriotas, claro – defendendo a sagrada soberania do Brasil, ultrajada pelo forma de governar mimadinha e cheia de desejos do Sukitão – o que está desfazendo o “criterioso” trabalho de nos desunir feito pela ultradireita e a desinformação, as mentiras, as trocas de palavras para enganar os bobos, como “narrativa, transparência e fake News”, por exemplo – e isso só pra começar a minha visão otimista.

As Big Techs – que querem empurrar ao mundo uma ditadura medíocre, onde a nossa imensa criatividade está sendo reduzida a melancólicos “nichos” que “achatam” nosso cérebro num sedentarismo cognitivo cada vez maior – usado como justificativa pelos da geração de 30 anos como uma crítica aos que ainda pensam – estão ficando sem o ar debochado, diante da realidade exposta. O tal “pensamento nichado pelo algoritmo “emburrece”, enrijece nossas preciosas conexões cerebrais e nos torna severamente mais ignorantes. Ignorantes falando de democracia, cidadania, liberdade – mas sendo os mesmos egoístas de sempre, presos em suas caixinhas, equilibrados em casquinhas quebradiças, que eles pensam ser grandes palanques...

Estamos naquele momento do filme onde você - que achava que estava entendendo tudo - percebe em pânico que não entendeu nada, que comprou gato por lebre – e isso é bom porque nos faz parar e finalmente trocarmos reagir por AGIR.

O que é patriotismos afinal? É colocar um celular na cabeça, fazendo “passeata pra ET” ou é enfrentar de cabeça erguida o que vem por aí, se o Sukitão mantiver a sobretaxa ao Brasil? É ver o Eduardo como um traidor da Pátria que está tentando se vingar do Brasil porque estamos firmes cobrando justiça, sem anistia? É percebermos que cuidar um pouco uns dos outros não custa nada e que os mais ricos têm obrigação ética de o fazerem? Que o IOF é isso? É reagir e enfrentar a invasão do Trump, sem justifica-la com embalagens “ricas”; é voltamos a olhar com o horror necessário o morticínio em Gaza, chamando-o pelo nome: GENOCÍDIO. Não existem “nichos” para coisas que estão acontecendo na nossa frente. Não há lados, há fatos, acontecimentos. Podem não ser os fatos que queríamos, mas quem sabe a falta de hamburguer na terra do Sukitão, não vai se revelar no bife mais barato, aqui no Brasil? Vai sobrar laranja, café, ovo, carne... se o agro for mesmo pop, é a hora de ganhar menos e a gente comer mais barato.

É olhar para os norte americanos como aqueles que não se deixaram escravizar, com a altivez necessária para dizer apenas não – NÃO. Sem sobretaxa, gringo! Aqui é Brasil! Aqui tem orgulho. Aqui tem a gente, de cabeça erguida, dizendo, berrando, olhando firme nos olhos de quem quer que seja:

- NÃO.

- SEM ANISTIA.

- JUSTIÇA É PARA TODOS.

Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV

 

“Preconceito cognitivo da correspondência” Bug Sociedade

Preconceitos, entendidos como ideias pré-concebidas, como uma definição fácil que permite a todos em sociedade entenderem do que se fala quando alguém se refere a esse assunto. “São atalhos mentais que na nossa evolução foram úteis porque nos permitiram tomar decisões de forma mais rápida. Sua utilidade não impede que em situações de falta de racionalidade, de informação e de subjetividade, nos podem levar ao engano, ao erro. Isso pode poluir nosso juízo de valor sobre pessoas, situações, coisas.”

Bom, o mundo da publicidade, do marketing, dos negócios, da política, utiliza esse conhecimento para conseguir o que deseja: vender, visualizar, lucrar, manipular, vencer eleições, etc. As redes sociais ajudam a proliferar informação errada ou manipulada. De repente, achando que estamos certos, podemos estar a tomar decisões baseados em informações erradas, desatualizadas, manipuladas, descontextualizadas. Todo o cuidado é pouco.

Se pelo menos tivermos consciência da existência de preconceitos cognitivos, talvez encontremos espaço para acreditar que podemos ser um pouco melhores, mudar um pouco de cada vez.

Sem querer, sem dar conta, quando alguém chega atrasado, abrimos a possibilidade daquela pessoa ser uma pessoa atrasada. Se trabalharmos nos recursos humanos, essa pessoa já não vai mais ter qualquer hipótese de trabalho naquela empresa. Mas, se nós nos atrasarmos, isso tem uma razão que nada abala nossa competência – uma chuva terrível, um trânsito dos “infernos”. O outro falha, é por culpa do seu caráter. Nós falhamos, é por culpa das circunstâncias. Mesmo que o outro tenha chegado atrasado por razões climáticas muito piores do que as que nos atrasaram. O outro falha porque não é competente, nós falhamos porque o ambiente dificultou. O viés/preconceito de correspondência, ou erro fundamental de atribuição, ou efeito de atribuição, leva ao viés de autoconveniência e ao viés de ponto cego.

Vou a casa de um amigo e a casa está desarrumada e cheia de pó – o meu amigo não cuida da casa, é desarrumado, sujo, etc – Erro Fundamental de Atribuição por viés do ponto cego. Se o meu amigo vem na minha casa de surpresa e naquele dia tenho tudo desarrumado e ainda não limpei a casa – isso aconteceu porque eu trabalhei toda a noite, porque não tive ainda tempo para tratar de tudo – Erro Fundamental de Atribuição por viés de autoconveniência.

Todos somos assim. Todos. Até percebermos da existência deste viés ou ideia pré-concebida. Até termos a coragem e a honestidade de percebermos que o fazemos diariamente, frequentemente, sem perceber e que a partir da consciência da situação, vamos fazer um enorme esforço para estar atentos, para tentar corrigir, para tentar mudar, tentar melhorar.

Quando somos o responsável pelos recursos humanos que dá indicações sobre quem deve ser contratado ou demitido, o treinador que decide quem fica e quem sai, o selecionador que decide quem vai representar seu país, quem faz a escolha de ministros, a escolha de colaboradores, funcionários, etc, etc, etc, precisamos saber da existência deste viés, precisamos enfrenta-lo.

Quer treinar seu olhar, sua interpretação para ficar esperto em relação ao viés/preconceito de correspondência, ou erro fundamental de atribuição, ou efeito de atribuição? Basta assistir às cenas de Bolsonaro, às suas justificações, e às justificações dos seus filhos. Está no manual. Mas agora você já está munido com uma boa regra, Aprenda, melhore.

Ana Santos, professora, jornalista

Citações retiradas do site Centro Psicológico Cecilia Cores e preconceitos cognitivos retirados do site Titlemax.


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