“Mas vê que o meu coração
é uma rosa de cem folhas,
e cada folha é uma pena
que vive apegada noutra.
Tiras uma, tiras duas,
penas me ficam de sobra;
dez hoje, amanhã quarenta,
desfolha que te desfolha…
O coração me arrancaras
se me as arrancasses todas!”
Rosalía de Castro
(1837-1885)
Tradução de Ernesto Guerra da Cal
“Tal como as nuvens
que o vento leva
e agora ensombram, e agora alegram
os espaços imensos do céu,
assim as ideias
loucas que eu tenho
as imagens de múltiplas formas
de cores estranhas, de feitios incertos
agora ensombram
agora aclaram
o fundo sem fundo do meu pensamento”
Rosalía de Castro
(1837-1885)
Tradução de Ernesto Guerra da Cal
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