Faz jus ao nome – você perde o fôlego com a fotografia, trilha, a história, o azul claro/escuro, a mágica, a dor, a perda, a profundidade, a sincronicidade, a beleza das personalidades e pessoas. DE TIRAR O FÔLEGO é um DOC que mistura cenas reais, depoimentos, biografias, numa história incrível de amor e entrega a um sonho.
Nos falta muito dessa atitude atualmente. Vivemos numa espécie de torpor preguiçoso vendo o planeta morrer em grandes convulsões climáticas e não saltamos para o nosso desconhecido. Bem, eles saltaram. E nós saltamos junto com eles, numa torcida, uma alegria, uma tristeza profunda como o mar.
É um filme imperdível, obrigatório. Principalmente porque aquelas pessoas não são recriações – são pessoas, como nós que se entregaram a um mundo onde grandes mergulhos, podem nos fazer descobrir o máximo e o melhor de nós mesmos.
Houve um momento em que nem consegui assistir sentada. Fiquei caminhando em frente à tela porque a ansiedade, a torcida, a empatia ultrapassaram os meus limites.
Torço para que após o filme, todos se sintam capazes de mergulhos mais profundos para que nos salvemos a nós mesmos.
Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV
O nome do filme/documentário, retrata mesmo uma hora e quarenta e oito minutos de tirar o fôlego. Histórias de vida, reais, de pele e osso. Campeões. Raras as vezes se tem acesso a tamanha intimidade, tamanha sinceridade, tamanha energia. Os depoimentos dos pais, dos próprios, dos amigos, as imagens raras, de momentos raros. Os talentos inacreditáveis ali, em frente dos nossos olhos. Um filme muito interessante para ver com jovens, com atletas, com conversas no final sobre a importância de seguir os nossos valores, nossos sonhos, sobre a disciplina e trabalho que é necessário para chegar ao sucesso. Sobre os riscos de cada escolha.
A beleza daqueles olhos azuis, dos dois “protagonistas” e seus olhos azuis, sua profundidade e intensidade do olhar, de viver a vida, a sua relação. Seus depoimentos sobre os momentos em que estão sós no fundo do mar. A verdade com que as pessoas precisam viver suas escolhas e o quanto precisamos amar alguém ao ponto de dar a vida por essa pessoa ou o quanto amamos fazer o que fazemos e estar dispostos a dar a nossa vida pelos outros. O quanto um esporte pode dar coisas boas mas o quanto ele pode tirar. Chamado de “Free Diving”, de desporto extremo, parece um vício onde o atleta não para de buscar, de querer mais e mais. Impressionante. Tente não perder.
Ana Santos, professora, jornalista
Sinopse: Parece que os destinos de um mergulhador no auge de sua carreira e de uma campeã de mergulho livre vão se cruzar. uma análise das fascinantes recompensas e riscos associados à perseguição de sonhos nas profundezas do oceano.
Direção: Laura McGann
Elenco: Kristof Coenen, Stephen Keenan, Alessia Zecchini.
Trailer e informações:
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