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Poesias e Vidas


Simeon Solomon (1840-1905) Safo e Erinna

“ÚLTIMAS PALAVRAS”

“Eu não podia saber como é duro e cruel

Pronunciar a palavra Adeus;

Hoje no entanto volto como suplicante,

Para juntar às orações do coração a voz dos lábios.

 

A colina deserta e o inverno matinal,

Bem como a árvore de séculos nodosos,

Podem despertar o desprezo da tua alma:

Acharei para eles um desdém semelhante.

 

Tenho o direito de esquecer teus olhos negros,

Suas sombras,

E o encanto fascinante de teus lábios pérfidos.

Não renegaste as promessas sagradas

Que outrora formularam os teus lábios de fé?

 

Se basta ordenar para forçar o teu amor,

Se ele se deixar deter pela razão das paredes,

Não saberei obrigar uma alma a se afligir

Com semelhantes traições e friezas desta espécie.

 

Pois sei que existe mais de um coração

Que, ligando-se ao meu,

Por uma longa prova assegurou este laço.

E sei de um olhar cujo brilho passageiro

Durante muito tempo dividiu comigo o seu calor bendito.

 

Estes olhos serão para mim o Tempo e a Luz.

Minha alma com seu auxílio enfim se evadirá,

Eles expulsarão de mim os sonhos insensatos,

E as sombrias litanias onde a memória se aconchega.”

Emily Brontë

(1818-1848)

 

 

“Mesmo se você não vê”

“Meu bem, não chore

Agora nem tem mais o que fazer

Respire fundo

Com calma tudo vai acontecer

 

As ondas seguem indo e vindo

Mesmo se você não vê

 

As grandes dúvidas desaparecem

Quando o Sol aparecer

 

Meu bem, não chore

Você já é o que queria ser

Respire fundo

O mundo existe dentro de você

 

O céu está sempre estrelado

Mesmo se você não vê

Tim Bernardes


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