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“O Milagre de Tyson”/ “Tyson's Run” (Netflix, 2022)


Quando vemos, aqui mesmo no Brasil, crianças e mais crianças se mirando nos nossos próprios milagres, na ginástica artística (#eu amo rebeca andrade), conseguimos entender por quê é importante que filmes como O MILAGRE DE TYSON continuem sendo feitos para inspirar pais e filhos a acreditarem que nada pode servir de impedimento ao talento, à tentativa. A perda de Ana Mozer ainda me dói bastante, agora que o “Fufuca” (é isso mesmo: o nome do ministro é Fufuca, do Centrão) está criando as políticas de esporte para as próximas gerações. Infelizmente, troca-se (ainda) “ouro por prego”, no Brasil...

O MILAGRE DE TYSON traz para a lente, a objetividade cortante do discurso bem elaborado de Tyson, um menino com espectro autista que percebe o mundo através de suas paixões: álgebra, correr, sua enorme capacidade de amar – totalmente diferenciada, mas presente – por seus pais e amigos, entre eles Shanon e Aklilu.

Falar de mergulho nas estruturas de personalidade da personagem é pouco. Nem consigo imaginar Major Dodson – o Tyson – não sendo parte do universo espectral do autismo. Portanto, o elenco é forte porque só assim se conseguiria desenhar um universo tão denso quanto o do preconceito, da vergonha, e o conduzir com leveza e maestria até a vitória, sem parecer patético. Barkhad Abdi e Rory Cochrane, também vão chamar a sua atenção.

O roteiro - que é baseado em fatos reais - tem uma intrincada rede de relações emocionais que Tyson observa e “digere” com eficiência e à sua moda – uma coisa que nós precisamos reaprender a fazer com urgência. Aliás, talvez um pouquinho mais de características do espectro autista nos fizessem interpretar melhor os absurdos humanos que estão rolando pelo mundo em termos de egoísmo e falta de capacidade de convivência.

Com superação, dores emocionais, diálogos muitas vezes mediados por Tyson, o filme sobe, degrau por degrau a escadinha das nossas emoções e no final nos surpreendemos com lágrimas alegres, explosivamente alegres - como sair pulando pelo jardim, catando os maracujás que caíram do pé – com extrema alegria.

Ah! E antes de “finalizarem” a percepção que fazem de uma pessoa por aquilo que vocês supõem que ela “não tem”, um pouco mais de atenção, por favor: os espectros autistas que andam aí pelo mundo, podem fazer com que se sintam realmente pouco objetivos e conscientes dos fatos ao redor de si.

Filmaço pra família inteirinha.

Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV


Baseado numa história verídica, “O Milagre de Tyson” é um encanto de filme e Tyson um encanto de menino que dá vontade de ter como filho. Com espectro, como dizem no filme – espectro autista, Tyson aprende fácil e é um gênio onde sente interesse e paixão. Vê a vida como um caminho de aprendizagem e não entende o interesse das piadas bobas – cada vez me sinto mais como ele na vida. Doce, honesto, autêntico, frontal. Conhece um homem que, não é autista, mas também possui as mesmas características humanas de Tyson. A partir daí magia acontece. No filme e na vida. Se conectam, se respeitam e se salvam mutuamente – e vai ver no desenrolar do filme que salvam mais pessoas. Um filme mais pequeno que o habitual, simples, mas muito bonito e que nos deixa com um olhar bom sobre a vida. Claro que sempre tem alguém que não é assim tão boa pessoa, mas dá para circular com o amor. Como na vida.

É também muito bonito ver como o amor acontece, amor carinhoso e respeitador, mesmo entre adolescentes. Lindo. Outra coisa incrível foi a Mãe lhe ter ensinado a capacidade de comunicar com palavras – ele fez muitos anos homeschool/educação em casa. E Tyson é maravilhoso com as palavras. Como todas as crianças deviam ser.

Major Dodson é um ator incrível, incrível. Barkhad Abdi, novamente mostrando seu enorme talento.

Uma história de uma família, que podia ser a sua família e que nos mostra que podemos mudar e alterar o caminho das coisas, sempre que quisermos. Se inspire no filme. Vale muito a pena. Boa sessão

Ana Santos, professora, jornalista


Sinopse: Tyson (Major Dodson) é um garoto de quinze anos do espectro autista que sempre estudou em casa. Quando ele começa a frequentar uma escola pública pela primeira vez, sua vida muda para sempre.

Enquanto ajuda seu pai treinador com o time de futebol juvenil, ele faz amizade com o maratonista de corrida Aklilu (Barkhad Abdi). Então, determinado a conquistar a aprovação do pai, ele decide correr uma maratona.

Aos poucos, Tyson vai perceber que, com coragem e apoio de pessoas queridas, tudo é possível.

Direção: Kim Bass

Elenco: Major Dodson, Amy Smart, Rory Cochrane.

Trailer e informações:

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