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“RODA VIVA” Bug Sociedade


Foto Folha/Uol

“RODA VIVA” Bug Sociedade

Lá vai o Brasil... de novo! Dessa vez Brasil e democracia estão rimados. Saem os dissonantes antidemocráticos que choram e se esgueiram pelas paredes dos palácios.

Também dissonante foi a Copa sem Brasil, Qatar com preconceito e jornalistas mortos, a Europa com frio e Putin – na mesma crueldade de sempre - enquanto ele pensa um jeito de ganhar uma guerra que não sabe ganhar, chega o inverno, a chuva, o frio, os mortos de frio.

Morto de frio, morto de fome. Somos hoje um país rico, perdulário, que tinha a certeza de que os votos brasileiros tinham fé cega ou preço. Alguns brasileiros de fé cega serão presos por incorrerem em vários artigos do código penal; outros estão pelas ruas, abandonados e miseráveis - mas não fomos corrompidos.

Piratas na Amazônia, bicheiro aprisionado, PMs tapando a câmera do colete para assassinarem bandidos com sorrisos cruéis e a cara de pau dos fora da lei, o ministro que virou herói – “Xandão” – aquele que usa capa e nunca espada para enfrentar ações terroristas com a coragem que não vemos normalmente – um homem que aprendemos a admirar.

Alguns jogadores de futebol se expressando mal - ricos de dinheiro, comendo bife com ouro, mas pobres em repertório de palavras - sem vocabulário para falarem de sua própria tristeza e frustração. Não aceitam bem críticas, não aprenderam a aprender com grandes derrotas, não sabiam sequer o mínimo da vida – cada jogo só acaba, quando termina.

Louca vida, que semana... Simone Tebet entre as mulheres mais influentes do mundo – e Marina Silva já pertence às que têm o coração mais generoso do mundo – não me canso de agradecer o seu desprendimento ao apoiar a democracia, nós e o Brasil.

O Papa chorou de impotência, Bolsonaro de medo, Neymar de tristeza, Lula de emoção e eu chorei com Lula. O Brasil também tem essa estranha sabedoria extraclasse que espanta e se emociona...

“RODA MUNDO, RODA GIGANTE

RODA MOINHO, RODA PIÃO

O TEMPO RODOU NUM INSTANTE

NAS VOLTAS DO MEU CORAÇÃO”

Na música que ninguém sabe no Brasil que é do Chico, que ninguém viu no Festival da canção, que ninguém conhece..., mas que sabe a letra de cor por algum motivo que só uma juíza não viu... Irmã da Carolina, que não vê o tempo passando na janela, quem sabe? Mais três semaninhas e a democracia deve refrescar a memória de muitos juízes e desembargadores e procuradores...

Mais três semaninhas... lenços, papel higiênico – vem aí a posse!

Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV


Foto Folha/Uol

“Quente e frio” Bug Sociedade

Cheias em Lisboa que os políticos dizem que são raras, uma fatalidade e que acontecem por causa das mudanças ambientais. Mas se acontecem periodicamente no inverno, como são raras? E o fato do clima estar mudando claramente, justifica a nossa passividade? Ou devia ser o contrário? Os incêndios no verão, a mesma coisa. A anti-passividade precisa ser ensinada, estimulada. Assim não vamos “lá”.


Ontem o Brasil teve um dia, formalmente, muito importante – Presidente e vice eleitos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) receberam os diplomas. Um momento que, para quem viveu na pele as dificuldades destes anos com Jair Bolsonaro como Presidente, pareceu um verdadeiro milagre, como a vitória de Lula nas eleições, como o que têm vindo a fazer as equipes incluídas na equipe de transição e como o futuro que nos espera. O que sucedeu nestes últimos anos foi demasiado sombrio, perigoso, horroroso. E devemos um agradecimento aos seres humanos de bem que permitiram que tudo tenha terminado. Abriram-se portas que nunca deveriam ter sido abertas, portas que deram ousadia e espaço à maldade, injustiça, mentira. A extrema-direita está em crescimento desenfreado no mundo. Parece uma piada de mau gosto mas não é. Não sabemos o que está ao “virar de cada esquina”. O Brasil inicia um período de respiro e de esperança. A fome é sentida em cada segundo, a falta de emprego e a falta de uma vida digna abrem sempre portas para o desespero e ou para comportamentos ilegais. Existe demasiado a fazer e desejamos que os seres humanos escolhidos sejam capazes de fazer o necessário. É muito para fazer.


A jogadora de basquetebol americana Brittney Griner, considerada a melhor do mundo, foi libertada em troca de Viktor Bout, o traficante de armas mais perigoso do mundo. Uma troca pelos direitos humanos – Brittney – com uma troca interesseira e preocupante – Viktor (quem viu o filme “O Senhor das Armas” sabe o poder que este homem tem). Viajar para países inimigos, ou com relações problemáticas, e ou ter a infelicidade de isso coincidir com guerras, ataques, invasões, precisam começar a estar na cabeça de quem gosta de viajar pelo mundo ou trabalha em mais países para além do seu. Porque a sorte de Brittney Griner não acontece a todos, nem com todos os países. E as viagens turísticas costumam ser mais baratas precisamente para lugares “preocupantes”. Fica a dica.


O Papa Francisco chorou no seu discurso do Dia de Nossa Senhora da Conceição, quando falava da Ucrânia. Nossa! É terrível perceber a incapacidade de todos os poderosos “bons”, incluindo o Papa, para parar um “louco” como Putin. Muito preocupante. O mundo parece andar à deriva. E os “loucos” todos a sair da “toca”.


O Brasil foi eliminado da Copa, mas é como se a Copa tivesse terminado. Para o mundo a seleção brasileira sempre será a seleção da magia, da arte, da beleza, da alegria. Sem individualizar – a não ser no Pelé e Zico – sempre foi e será o time que todos querem ver. É como se tudo fosse possível, como se a vida virasse um belo carnaval, como se os deuses do Olimpo surgissem juntos para nos presentear com a glória do movimento, do ritmo, da imprevisibilidade bela. Mas sempre algo falta, sempre algo emperra. Quem está de fora, observando, percebe tudo o que falta, tudo o que está errado. Como as pessoas que estão por “dentro”, as pessoas que mandam não vêm? Não resolvem? Lá vem a passividade. Já começou a preparação para a próxima Copa do Mundo para todos os países que foram eliminados. E é agora que se ganha a Copa de 2026.


Para chegar ao topo dos Himalaias, ou vencer a Copa do Mundo, não basta ter as capacidades conhecidas por todos. Tem muito de trabalho invisível, inovador, prematuro, global, específico, inusitado até. Quanto mais próximo se está do objetivo, mais difícil é, mais perceptível se torna a importância do trabalho feito anos antes, mais importante é existir um ambiente equilibrado – nos atletas e famílias, no jornalismo que acompanha, na população. Mas, eu não sei por quê, muitos jornalistas e pessoas influentes portuguesas e brasileiras, em vez de ajudarem ao equilíbrio dos seus times/seleções, foram as causadoras dos maiores desequilíbrios – nomeadamente os portugueses com a “novela Cristiano Ronaldo”. Tiros no próprio pé que não se entendem. Chegar ao topo dos Himalaias exige querer muito, fazer muito por isso, sofrer muito por isso e ter no pensamento a esperança e o carinho do seu povo. O povo e os jornalistas têm muita importância e a obrigação de cumprir a sua parte também. Bora começar a “treinar” gente?

Ana Santos, professora, jornalista

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