“A MALDADE E O KARMA” e “Ser quem você é” Bug Sociedade
- portalbuglatino
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“A MALDADE E O KARMA” Bug Sociedade
Tenho sentido o mundo cada vez mais pesado, com pessoas visivelmente péssimas implicando com quem está quieto. Em todos os níveis do mundo, vemos esses “pequenos vermes” tentando dirigir, repactuar coisas segundo seus próprios interesses – tudo para pior – não importa o quanto isso faça mal ou desvie ainda mais o mundo de suas causas mais nobres.
Ouvi que, ao saturar-se a energia do planeta com tantas coisas desprezíveis, pretende-se que nós – os bons, claro – nos enjoemos tanto que, num dado momento, as energias atrasadas vão para planetas mais densos, o que nos permitiria de novo respirar aliviados e voltarmos a tentar evoluir. Como seria um mundo sem Trump e Netanyahu? Sem Putin e Bolsonaro – embora esse karma, especificamente, pareça estar se cumprindo ao ponto de todos vermos que o morticínio que alcançou pelo menos a terça parte dos que morreram por COVID por terem sido induzidos a desprezar o peso maléfico da pandemia está virando a justiça e a lei sendo aplicadas. Lentamente. Passo a passo. Inexoráveis. Não quero falar da tentativa de golpe, dos ataques terroristas. Ônibus queimados, antenas, bomba em caminhão de combustível, no STF, bomba na pessoa que soltou a bomba...
De repente, aquele Brasil meio “tosquinho” mas bom, começou a escolher fazer o mal com requintes de crueldade. Isso sem falar nos políticos, que pioraram. Muito. Se por um lado aparece uma Erika Hilton, vemos pastores, militares, policiais, influencers que pensam em tudo, menos no Brasil. São uma vergonha nacional, vendendo seus interesses, ao invés de defenderem os nossos.
Adoraria que essa sensação de estar perdida numa rua escura fosse referente ao Brasil apenas, mas está longe de ser assim. De alguma forma, sinto o cheiro de que é preciso bombardear a Palestina, o Irã, a Ucrânia, para que as novas armas da indústria bélica possam ser postas no mercado e mais territórios possam ser anexados – todo esse sofrimento pode ser apenas uma “desculpa esfarrapada” para mais lucro e mais poder. Com tudo isso, a velha Europa voltou a pensar em armas... Desde a segunda guerra um mundo e agora.... Tanto trabalho em construir um sonho de Nações Unidas e agora...
Diante dessa visão meio satânica e dantesca, me veio a ideia de que talvez haja mesmo uma atração irresistível desses espíritos de porco – reunidos aqui, junto com os bons – para serem transferidos brevemente. Não sei se serei capaz de ver, mas amo a ideia de imaginar que isso possa acontecer. Vejo mais serventia nas falas inúteis de Trump assim, no comportamento de interesses rasteiros de Netanyahu, na sua falta de generosidade e compaixão. Vejo nexo no comportamento ofensivo dos deputados federais do Brasil – incapazes de olhar para o povo sem ser durante o tempo de campanha, de nos respeitarem, ao invés de desviarem bilhões para aumentos ofensivos e nos negando as mínimas vitórias populares. Houve um Brasil que tinha Ulisses Guimarães e agora temos que engolir Nikolas Ferreira... Ulisses foi presidente da Câmara, conduziu a Constituinte e agora – agora ficamos mesmo olhando o Hugo Motta nos trair, o Centrão nos atraiçoar, Trump com aquela boca, aquela gravata gigante... – nem gosto de imaginar...
Tem que ser karma...
Tomara que eu esteja aqui para contribuir com a comunicação das pessoas do mundo através do Bug Latino, para construir pessoas mais afeitas a resolverem seus problemas falando deles, negociando através de palavras. E negociar não tem nada a ver com o “jeitinho”, “a ponta”, “a conversa” – isso é para esses que vão para o planeta mais atrasado. Espero que a nossa perplexidade nos leve para uma percepção do que podemos fazer juntos para melhorar o mundo, cada um com aquilo que tem talento para fazer. Estamos atualmente tão distantes que a grande maioria das pessoas sequer pensa em qual seria o seu talento...
Tem que ser karma...
Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV
“Ser quem você é” Bug Sociedade
Mesmo vivendo fora do meu país, tem algumas coisas que me continuam a alimentar: o jornal Público e o semanário Expresso, são dois desses “alimentos”. Entrevistas com pessoas interessantes de todas as áreas, informações culturais, mesmo algumas notícias sobre o Brasil que, no meu ponto de vista vivendo aqui, estão incompletas quase a tocar o “tendencioso”, tudo é para mim importante para me manter informada. Hoje trago uma notícia que li no jornal Público e que talvez seja útil para si também.
O artigo “”O amor supera tudo”. Mitos legitimam violência no namoro e as redes sociais não ajudam“, do jornal Público, com entrevista à psicóloga e professora universitária, Susana Costa Ramalho. Mitos como o de quem está sem namorado/a ou marido/mulher, não tem o mesmo valor. O de viver uma vida em busca da sua “cara metade”, “meia laranja”, “razão de viver”, etc, até que, por volta dos 50 ou 60 a pessoa percebe que não depende de ninguém para ser feliz. Os mitos horrorosos de justificar ciúme, agressividade verbal e física, controlo, como provas de amor. Muitas vezes até as justificações das traições são porque não se quer fazer “aquilo” com a “mãe dos seus filhos” ou porque “você já sabe que ele é assim”. E finalizam com “é assim que é o casamento”. A sociedade zomba dos solteiros, dos sozinhos, dos que “ninguém quer”, pressionando pessoas que deveriam estar sozinhas a casarem com quem estiver à disposição. Porque também tem a expressão “vê lá se ficas para tia”, como se ficar sozinha fosse algo ruim. E quantas vidas se estragam? Desperdiçam anos e anos das suas vidas? Quantas mulheres no momento em que ficam viúvas, quando parece que vão quebrar, parece que se libertaram e passam a ter outra leveza, outra frescura, outra felicidade. Rejuvenescem. Não que seja culpa do marido, mas com certeza é culpa de regras e de aceitações de comportamentos e formas de estar “em casamento”. Como os namoros - se é sério são incorporadas “regras sociais” que prendem uma das pessoas, ou as duas. Muito “não se pode” em direção a uma felicidade que começa limitada e não existe felicidade com limites. Talvez, em vez de estarmos preocupados com a opinião dos outros e com a “performance” dos nossos filhos seja melhor voltarmos a ser, a conversar, a trocar e a ser honestos – dizer o que sentimos, dizer o que não sabemos, falar para tentar organizar os nossos sentimentos e os dos que nos rodeiam. Quem sabe isso significa voltar a viver, realmente viver.
Em tudo na nossa vida, o que os outros pensam tem muita importância. Dizemos que está errado, mas talvez seja melhor dizer que está errado darmos importância ao que pensam os que não nos querem bem, não desejam que alcancemos coisas boas e maravilhosas. Dizendo isto dividimos a situação e talvez seja bom porque é importante o que pensam os que nos querem bem, porque nos avisam, porque têm a coragem de nos apontar erros e comportamentos a melhorar. Se namorarmos com alguém que acha que não devemos aceitar um trabalho porque nos vamos ver menos – algo que já me aconteceu – isto deve servir de aviso. Na época, não aceitei o trabalho e perdi tudo porque perdi dinheiro, prestígio, oportunidade, e me perdi porque percebi que fiz errado, que não era uma troca justa de quem, supostamente, me amava. E isso me mudou perante a relação. Essa pessoa talvez quando percebeu que eu não era marionete, foi embora justificando-se com injustificáveis razões – quando na verdade me trocou por outra pessoa, talvez alguém que obedece melhor às suas regras. Por isso, a partir desse momento, digo a quem posso, que não vale sacrificar o que é certo para você, pelo que os que dizem que te amam, querem ou acham melhor. Não é porque é seu namorado, marido, amigo, irmão, cunhado, pai, tio, avô, primo, o que for. Não é o vínculo social que importa, é o vínculo com o que é melhor para você. Sempre foi, sempre é e sempre será.
E se parecer que vai ficar sozinha, ou se significar ficar mesmo sozinha, pense, talvez você estivesse mais sozinha antes só que cheia de gente em volta.
Ana Santos, professora, jornalista
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Terça-feira, dia de escrever sobre o que acontece no dia a dia. De crítica, de conselhos, de admiração, de espanto, de encontrar caminhos melhores para todos.
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Dois textos ótimos para reflexão! Em Karma não sei se seria uma boa solução enviar todas as pessoas ruins para um planeta. Elas poderiam atacar de alguma maneira o planeta dos bons. Mas a ideia é interessante!
Concordo plenamente com o outro texto. Infelizmente quando tomamos uma direção que julgamos a correta não tem como voltar. É aprendizado para não cometer o mesmo erro. Temos que seguir em frente!