Há uma leveza que transborda pelos olhos e que pode ser vista tanto na expressão de Avishai Cohen, quanto na sua música. Não consigo colocá-la como parte de um estilo, exatamente por causa dessa vida pulsante que está sempre ali. Também acho que falarmos em estética, ritmo, etc continuam diminuindo a vida por trás da música dele.
O fato é que há vida ali. Há um ritmo espiritual, uma energia vital que atravessa a gente quando conseguimos nos sintonizar e é fácil ir se desapegando do estresse, da vida urbana, da falta de comunicação para entrar nesse estilo, onde a música toca para enriquecer interiormente e não porque é uma moda. Digamos que é uma “moda evolutiva”, um “padrão calmo/aconchegante”, uma forma de ver a vida e que extravasa, simplesmente...
Certamente o Brasil tem público para Avishai Cohen. Certamente nosso coração tem muito espaço para um mergulho em notas, assim. Parabéns à UGURU Produções, à Casa da Música, ao Porto e a quem pôde usufruir de uma quase meditação, enlevo certo, da sintonia entre nós e nosso espírito, nascida de uma percepção do mundo ímpar – olhos especiais os de Avishai Cohen.
Ana Ribeiro Diretora de teatro, cinema e TV
Um homem israelita. Lindo. Calmo. Sereno. Voz doce. Gosta de ouvir outros músicos mais jovens, de tocar com eles, de procurar novos músicos.
Diz que não pode tocar com quem não pode aprender.
É influenciado a todo o momento por tudo e por todos, qualquer coisa o pode influenciar e a qualquer momento, sendo a música clássica uma das suas maiores influencias para compor. Thelonious Monk, a sua maior influência no mundo do Jazz. O cantor preferido é Stevie Wonder e sempre achou incrível as criações e melodias complexas mas de sonoridade simples. Obras primas! A música “Song of Hope” considera uma das suas formas de dizer que se preocupa com o estado das coisas no mundo.
Desde os 9 anos que toca. A irmã, mais velha 5 anos, trouxe os Beatles para a sua vida e ele acha que foi aí que algum clique aconteceu porque os achou logo fenomenais. Fala que a mãe por ter raízes gregas e espanholas proporcionou uma maior riqueza musical na sua vida.
Se nunca ouviu falar em Avishai Cohen, está mais que na hora...
Ana Santos, Professora e jornalista
"Caros amigos, concertos como o de ontem à noite na Casa da Música potencializam e influenciam as condições cognitivas de qualquer “mortal” que goste de Música.
Avishai , com o seu inconfundível estilo e virtuosismo exuberante criou um ambiente etéreo que rapidamente difundiu por toda a sala e contagiou, diria eu, todos os presentes.
Por outro lado, uma certa incompletude abrangente das harmonias cria um processo de questionamento sonoro não negligenciável, que mantem o ouvinte atento desde primeira à derradeira singela nota de cada música.
Pode-se vislumbrar pelo modo desafiador não só de Avishai mas também de Noam David (bateria) e Elchin Shirinov (piano) que este trio não se fica pela apresentação das suas obras mas encena-as, globalizando e estendendo o alcance e a importância do relacionamento criador / espectador.
Inevitavelmente, há muitas questões intrigantes sobre se a estrutura musical semântica é consequência de uma abordagem completamente dramatizada. No entanto, pressente-se que cada tema apresentado constituía a preparação para o seguinte e as composições como que se iam completando numa harmonia conceptual perfeitamente equilibrada.
O Porto teve o privilégio de ser encantada pela magia sonora de Avishai e seus companheiros que tornaram esta noite chuvosa e fria em algo de encantador e memorável."
Daniel Sá
"Avishai Cohen é um personagem cheio de energia que transmite sensações de êxtase, ele próprio é uma simbiose ao ponto de não se saber de onde vem a musicalidade...se dele se do instrumento. Ele incorpora a música, ele é música.
Muito bem acompanhado com piano e percussão criando uma atmosfera rica de emoções numa sala deslumbrante na Casa da Música. "
Lúcia Quintas
O BUG Latino agradece mais uma vez a UGURU Produções, em particular a Fátima Mineiro pelo carinho e profissionalismo. Muito gratas