Quem não gosta de uma água com açúcar de vez em quando? Eu mesma não resisto! Num mundo que parece querer sempre lhe impingir “o seu lugar na fila da vida”, O SEGREDO: OUSE SONHAR dá aquela renovada no seu otimismo diário, se ele estiver com alguns arranhões.
A fórmula é a mesma, fora o fato de os atores estarem com harmonização facial e preenchimentos diversos que atrapalham tremendamente a expressividade do rosto – mil vezes as rugas, meu Deus!
O que o filme tem de delicioso é a capacidade de nos tirar do lugar da reclamação, da percepção pessimista da vida e do mundo e nos colocar diante do que podemos ser e construir, se formos mais otimistas. Como a minha natureza é bem humorada na vida real, me encontrei no filme. Não vai acontecer nada de mais, nem de menos, não vai ser indicado ao Oscar, não tem nenhuma interpretação inesquecível, mas tem essa coisa da mensagem de “troca de botão” que o mundo inteiro parece estar precisando. Estamos entre a depressão e a fuga da realidade, esquecendo que tudo pode ser visto como aprendizagem e que existem caminhos do meio em toda parte – mesmo quando a pandemia nunca acaba e as pessoas perdem pessoas e parecem nem ligar mais pra nenhuma perda, só a delas.
Por isso mesmo, o filme pode não parecer muito e pode até não ser, mas é essencial. Tem bons atores, aquele cenário espiritual, crianças e adolescentes fofos e maravilhosos, família que se ama. Sobretudo a recordação de que a fórmula da vida não requer mansões e anéis de diamante é que fica como a essencial.
Há uma história que poderia acontecer, há aquelas coincidências caprichosas da vida e há a gente, no mundo – o que trança esses incríveis encontros e desencontros.
Com uma pipoca e assistindo de mãos dadas vai ficar perfeito.
Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro, TV
Filme bem suave, bem leve, bem “cor de rosa”. Com um final previsível. Com um roteiro simples. Mas não deixa de ter mensagens extremamente importantes.
Um dos personagens, depois de um momento difícil, aconselha muitas formas de ver a vida, muitas formas de esperança e de realização pessoal. Coisas bem simples, coisas bem importantes. Um filme de domingo à tarde, com pipocas e mantinha nas pernas.
Às vezes o mundo cai em cima da gente e parece não ter saída, mas ele também pode nos dar o que sempre desejamos. O que sempre precisa de existir da nossa parte, é “movimento”, desejo de buscar o que queremos. A vida não é o que os outros dizem, é o que desejamos. Pode ser o mais inesperado. Podemos ter vontade de recusar o que todos desejam se não for o que desejamos. Apesar de toda a leveza é um filme que deve ser visto.
Ana Santos, professora, jornalista
Sinopse: Uma viúva lutando para sobreviver encontra um estranho que segue uma filosofia de pensamento positivo.
Diretor: Andy Tennant
Elenco: Katie Holmes, Josh Lucas, Celia Weston
Trailer e informações: