Uma poesia. Aponta diferenças e gera semelhanças e aceitação o tempo inteiro. Acho maravilhoso a gente poder ver filmes sem a opulência do cinema americano que contam histórias reais, estimulantes e que nos colocam numa posição melhor diante desse nosso estranho gênero humano.
O filme trata de mudanças, velhice, doença, perdas, morte. Aí vocês podem pensar que será um filme pesado. Erraram. O filme é levíssimo e a gente acaba tendo a percepção de que lidamos mal com quase tudo, enquanto estamos vivos e portanto, vibrantes.
Vale à pena ir e depois sentar e conversar, curtindo a ideia de que podemos aproveitar a vida.
Temos atuações - todas - dignas e realistas. Cenários comuns e também maravilhosamente realistas, assim como a luz e a fotografia. Tudo realista, como a vida de todos nós. E a graça é que há uma mágica em viver e perceber a vida como ela é, através do ponto de vista da lente e dos olhos de um ótimo diretor.
Só falta ir ver - e rápido porque é um festival de cinema e tudo acaba no final do mês!
Ana Ribeiro
Direção de teatro, cinema e TV
Excelentes atores! Expressivos, intensos, com suas rugas e seus corpos. Cada um aceita e valoriza suas características. Isso os torna ainda maiores atores. Exímios em definir emoções com pequenos detalhes. Maravilhosos!
Um filme sendo uma forma delicada de nos vermos e refletirmos sobre a nossa vida e a nossa felicidade. Belo como mostra as alternativas que cada um busca e escolhe para alegrar seu coração sofrido e inquieto do peso da vida.
Mais um filme europeu mostrando que o importante está para além do dinheiro e do sucesso e dos títulos. E de querer um corpo de medidas perfeitas.
Não percam!
Ana Santos