Já achei demais estar viva pra ver, sentir a dor de perder e agora re-ver a vida de Freddie e a música dos Queen.
Claro que pra todos os fãs faltou muita coisa – não sabia o que ele tinha falado sobre sua vinda ao Rio, por exemplo, mas faltaram tantos momentos... Não ficou marcada a dor da minha geração em relação à AIDS. Foram perdas irreparáveis e quem recebia o diagnóstico, recebia também uma condenação com direito a muito preconceito. Faltou Montserrat Caballé e faltaram informações biográficas, sobretudo. Mas era impossível. porque é impossível retratar alguns personagens que a minha geração viu, viveu – Freddie entre eles. São personalidades de alguma maneira simples e de muitas maneiras mais complexas porque não se satisfazem com esse pouco, com as modas, com os lugares comuns e receitas. Nasceram para revirar o mundo e ver como ele fica. São ricas em buscas e em perdas porque como o filme diz “são muitas moscas ao redor da carne podre de quem está ali, exposto ao ar”.
Freddie foi demais – não haveria ninguém nascido que o pudesse retratar sem que sentíssemos falta de uma parte. E o repertório foi incrível, ouvir The Queen impagável e 2 horas é bem pouco diante da grandiosidade da memória que a minha geração viu e que esta, só pode amargar não ter podido ver.
Ana Ribeiro
Diretora de teatro, cinema e TV.
Ao fazer um filme sobre a vida de um homem e de uma banda extraordinários será sempre muito difícil encontrar a perfeição. Nunca será possível fazer igual nem parecido. Resta apreciar a possibilidade de ver/imaginar Freddie Mercury e os Queen como nos bons velhos tempos. E impressiona saber o percurso de vida, a ousadia e persistência necessária para que acreditassem na sua capacidade como cantor, compositor. É sempre assim, pelo menos parece ser. Você fica uma vida carregando malas no aeroporto porque o que você quer da vida é possível dessa forma e você aceita. Ou, você fica sempre à espreita de uma outra saída ou oportunidade, ou ainda, você sabe bem que aquele trabalho ou momento é pontual. E vai em busca do que sente e do que quer, contra tudo e todas as opiniões e aceitações. Sendo considerado sempre um ser que dá trabalho, que é mau feitio, que sempre quer fazer diferente, incómodo, inoportuno, bizarro, etc, etc. Quando você abre a porta do sucesso, abre caminhos que nunca ninguém abriu, vem a segunda fase...”os amigos verdadeiros” que te rodeiam, como moscas na fruta, como refere Freddie Mercury. Que te sugam o que podem e que desaparecem com a velocidade com que precisas ou com a velocidade com que o sucesso desaparece.
Adorava o grupo, o cantor e compositor. Fiquei a amar o homem inteiro que fez o que teve vontade, assumiu os erros quando achou que devia, buscou o amor e a amizade verdadeiros, sentiu a solidão dos que são únicos e enfrentou a doença como uma “Queen”! Paz à sua alma...
Ana Santos, professora e jornalista
Link do filme
https://www.imdb.com/title/tt1727824/
Link do site da SALADEARTE
Freddie é apenas um lenda,,,,, sentirmos falta de tanta coisa,,,,mas a emoção de reviver algumas das passagens dele e do Queen,,,,já forammmm uma alta dose de emoção,,,, vale por tudo,,pela luta, pela busca dos verdadeiros amigos,,,,pela musica, pelo gênio,,,,,,, por TUDO,,, é Freddie...