Talvez o filme mais profundo, da série Festival Varilux de Cinema. Todos os conceitos Freudianos e Lacanianos lá estão, numa comovedora história familiar.
Conflitos e dores, num ambiente onde fica fácil entender quando eu tendo explicar que o nu, se tem explicação natural, é totalmente cabível - e que o problema é colocar "de qualquer jeito" porque tem que entrar pra chamar público!
Momentos leves, memoráveis, estranhos e descabidos - mais um filme que se baseia no realismo pra nos fazer viajar por lugares inimagináveis!
Interpretações simples e memoráveis, vida, vida, vida - espaços enormes, rugidos e pessoas estranhas e incríveis, como Freud adoraria conhecer. Em tempo - nós também adoramos !
Ana Ribeiro
Direção de teatro, cinema e TV
Intenso, complexo, cru, difícil, inteiro. Um filme que levanta tanta poeira do passado. Importante! Difícil!
Cada personagem é apresentado em todo o seu esplendor complexo de ser humano. A nossa infância e o que ela nos deu de bom e de menos bom. Em que momento você já não pode fazer determinadas coisas porque já é adulto? Porquê? Quando surge a censura e porquê? Quando e por que razão você é o preferido? Ou porque não é? A dificuldade de "entrar e ser adotado" por algumas famílias. Como isso pode determinar a tua vida com quem amas. O que é saudável. Para quem.
O amor pelos animais e os animais em cativeiro.
O que as pessoas vivem contigo na infância, ou sabem de ti dessa época, deveria servir para te manipularem, travarem ou para te abrir as portas e janelas para poderes voar o mais alto que fores capaz?
O mundo é complexo, contraditório.
Grande filme para depois ter um bom bate-papo com amigos.
Ana Santos