
Agradecemos a cortesia da Autoral Filmes, dando ao Bug Latino a possibilidade de assistir o filme no dia da estreia no Brasil. Gratidão
O Bug foi convidado a assistir e logo se “assanhou” – afinal é um dos filmes que concorrem ao Cannes, esse ano. A PRISIONEIRA DE BORDEAUX é totalmente fora de padrão, desde o roteiro, o que é uma delícia: quem imaginaria duas mulheres que vão visitar seus maridos “bandidos” na cadeia como protagonistas de uma história? Há alguma coisa menos própria a um protagonista do que uma visita, seja ela onde for? Hospital em dia de visita, presídio, colégio interno...
Entre o mais completo absurdo e o super realista, a história – interpretada lindamente por Isabelle Huppert e Hafsia Herzi, nos conduzem à prisão do casamento, da chantagem, do medo, do tédio, da pobreza e – por que não? – da riqueza.
Os caminhos da história são totalmente surpreendentes. Um filme que aborda com leveza a tema profundos, essenciais, da interpretação da vida, feita pela alma feminina e de como as condições como os temas se desenrolam podem ser prosaicos ou libertadores. Afinal, no frigir dos ovos, os homens são mesmo tão menos capazes de grandes saltos, se contentando com o de sempre... Factuais...
O final, inesperado, nos conduz ao que pode ou não nos aprisionar à vida que temos: o apego? A inflexibilidade? A falta de comunicação? Se o roteiro fosse meu, talvez eu lhes abrisse a porta larga da comunicação, para a tessitura de um crime mais que perfeito... Se elas tivessem se aberto...
O filme tem um sentido de humor que não “mostra os dentes”, uma indiscrição que aponta tudo tão às claras que até parece que o tudo é absolutamente razoável – e é – naquela natureza de coisas, é.
Imperdível, com muitas estrelas para a interpretação das mulheres, que quase aceitam com sensualidade o nada ao redor de cada vida.
Perfeito. Indico fortemente.
Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro, TV
Uma delícia o Bug Latino ser contemplado com cortesia para assistir a filmes de cinema. Depois da pandemia não é mais frequente, é até bastante raro, por isso os nossos enormes agradecimentos à Autoral Filmes que nos descobriu na internet e que nos considera. O nosso enorme respeito por isso.
Amo filmes franceses e já imaginava que seria um filme que deixa “pontas soltas”. Com a grande atriz Isabelle Huppert, foi essa a sensação com que fiquei e confirmei. Uma atriz que sempre fez filmes dúbios, misteriosos, sem nos indicar caminhos e raciocínios certos. Diferenciada e talentosa.
Filme independente e rebelde, como a diretora – palavras da Autoral Filmes – nos dá dois lados opostos: na forma como o destino nos leva à situação de prisioneiro, à situação de mulher de prisioneiro, de conforto na vida, de vazio, de oportunidades, de soluções, etc, etc, etc. Dois lados tão opostos, ou talvez não tão opostos. E também, talvez se possam complementar, ou mostrar outro ponto de vista, outra coragem, outras alternativas, estimular a mudança.
Por vezes temos tudo, mas não temos nada. Por vezes não temos nada e talvez tenhamos muito. Este filme me recordou uma frase que li, de Jim Carrey e que diz mais ou menos assim: “Espero que todo mundo possa ficar rico e famoso e tenha tudo o que sempre sonhou, para que possam descobrir que essa não é a resposta.”
Prisões em França que em nada se assemelham às do Brasil. Confortáveis, limpas, com salas separadas para visitas. Quem já visitou a prisão da Mata Escura, aqui em Salvador, olha para as condições das prisões me França e julga que são escolas, ou hotéis.
Veja o filme. Vale muito a pena.
Ana Santos, professora, jornalista
Sinopse: Alma, sozinha em sua casa imensa, e Mina, mãe solteira de um conjunto habitacional em outra cidade, organizaram suas vidas em torno das visitas que fazem aos respectivos companheiros presos. Quando as duas mulheres se encontram na antessala da área de visitas, uma amizade improvável se inicia.
Direção: Patricia Mazuy
Elenco: Isabelle Huppert, Hafsia Herzi, Noor Elsari, Jean Guerre Souye, Julien William Edimo, Jana Bittnerova, Magne Havard Brekke, Lionel Dray, Robert Plagnol, Julia Vivoni, Lola Jehl.
Duração: 1h48
Ano de Produção: 2024
Distribuição: Autoral Filmes
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=rs201wz0HNg
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