
Não é novidade que amo filmes baseados em histórias reais. Nós os procuramos. A GRANDE JORNADA envolve esportes e meninos já envolvidos em medidas restritivas da justiça americana – aqui os temos também aos milhares. Não sei se com o mesmo tipo de professor.
A primeira questão que se lança é por que o sistema de justiça, ao invés de se interessar em ajudar, em educar, em tentar medidas realmente socioeducativas, é apenas mais um eixo de ações burocráticas. Em outras palavras: parece ser o primeiro a desistir. Ficam alguns poucos professores insistindo em ajudar, apesar de. O apesar de é o resto todo: a falta de investimento, de ensinamentos, de educação, de princípios humanos.
Aí um professor resolve enfrentar tudo isso e o que a gente vê é um filmaço bem montado, bem produzido, sem nenhum recurso verdadeiramente excepcional, além daqueles roteiros perfeitos que a vida escreve, uma boa direção e excelentes atores. Matthew Modine dispensa crítica; esteve impecável, como sempre. Cynthia Kaye McWilliams sem glamour, sem maquiagem, sem nada de grandioso, além de si mesma e as pequenas aparições de Leslie David Baker – que valeram cada segundo. Muitos meninos talentosos, numa produção do ano passado.
Faz muita falta ao cenário da vida real, histórias que as contem, num estranho momento onde as pessoas preferem gastam dinheiro (muito) em bebês reborn, ao invés de ajudarem pessoas reais, da vida real.
Vale cada minuto. Junte todos os que moram com você e assista na maior tela que tiver em casa, com uma “big” tigela de pipoca e depois comentem, conversem. Chamar todo mundo de marginal (menos você) é fácil. Difícil é viver. E tem quem faça isso, ainda por cima sendo sensível!
Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro, TV
Adoro filmes sobre histórias reais, sobre superação, sobre enfrentarmos nossos medos, nossos limites, nossos monstros. Mais interessante quando aborda como o ser humano pode sair de qualquer situação da vida, se a enfrentar, se se entregar. Meninos, jovens, com passados complicados, futuros incertos ou empobrecidos, quando têm alguém que se preocupa e lhes indica alternativas entusiasmantes, tudo podem. Como os que têm tudo e nunca tiveram de enfrentar problemas.
Filme que fala de educação, dos apoios a instituições que fazem trabalhos muito importantes, da incerteza no futuro de muitos jovens, no pouco que se consegue fazer e no tanto que precisa ser feito. Levanta muitas reflexões, muitos temas de conversas, muito caminho a fazer. Precisa ser visto por pais, alunos, professores, diretores de escolas, responsáveis por instituições de “correção”. E precisamos conversar muito sobre estes problemas.
Filme que tenha Matthew Modine sei que será bom. Desde o filme “Birdy” que acompanho suas escolhas.
O filme tem uma produção simples para um filme americano, uma boa história, bons atores.
Ana Santos, professora, jornalista
Sinopse: Um assistente social de uma prisão reúne uma equipe de ciclismo de adolescentes condenados e os leva a uma viagem transformadora de 1.000 milhas. Inspirado na vida de Greg Townsend e da equipe de ciclismo da Ridgeview Academy.
Direção: R.J. Daniel Hanna
Elenco: Matthew Modine, Cynthia Kaye McWilliams, Jahking Guillory
Trailer e informações:
https://www.imdb.com/pt/title/tt15353574/
Domingo é dia de exposição de azulejos e de sugestão cultural.
Azulejaria, uma arte milenar que enriquece nossos dias.
Sugestão cultural: uma exposição, um bailado, uma ópera, uma peça de teatro, um filme.
Sempre que possível indicamos filme ou documentário que pode ser visto por todos, na internet.
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