
“SUKITÃO AMERICANO” Bug Sociedade
Há alguma coisa de errado quando qualquer presidente eleito acha que pode incomodar todos os outros, que estão trabalhando em seus cantos. Como se precisasse aparecer, como um “papagaio de pirata” gigante, laranja e desagradável, que se aproveita do fato de presidir um país grande para tentar fazer bullying com os outros. Assediá-los. Provocá-los. Violá-los e, se possível, roubá-los. Colonizá-los. De novo.
Um país que foi colônia, pode ter em si, a ideia tresloucada de colonizar? Ainda por cima países irmãos? Ele olha pra você com aquela cara cor de laranja e pensa numa “taxa existencial” pra te aplicar... E tem quem, aqui no Brasil, meta o boné dele na cabeça e ache ofensivo colocar um boné do Brasil, para os brasileiros.
Que espécie de pessoa pode achar ser brasileiro, coisa de “comunista”? Me falta a lógica de tudo! O Laranjão, o Sukitão humilha brasileiros, os caça pela rua, os “algema de corpo inteiro” e os remete de volta no pior avião, no mais velho, pelo crime de terem acreditado no sonho americano. Não roubaram, nem mataram. Sonharam. Expulsos por sonharem.
Por causa dessas pessoas, me interessei por ouvir as histórias desses brasileiros e, fora as exceções, as condições de vida são “urbanamente lamentáveis” - em apartamentos soturnos, escuros e pequenos. Ainda assim, é indecente ver imigrantes escondidos por terem medo de serem achados e deportados. Ver a economia “esvaziar” porque queira o Sukitão ou não, o combustível da economia é dado pelo trabalho dos mais pobres, que dão o couro por uma moedinha de dólar a mais, a cada gorjeta.
Olho pra ele e vejo os “subservientes nacionais”, os que se colocam no lugar dos capachos, pedindo um olhar. Mas tudo é como era antes – e antes, quando alguém caía, era simplesmente abandonado pelos do seu grupo. Todos foram abandonados e agora o ex mandão – e nunca mandatário – rasteja por atenção. Em vão.
Na comunicação você aprende que vergonha é culpar quem não entende a aula mal explicada, com palavras difíceis demais, para justificar seus erros, ao desprezar os outros. Então, em português claro, quem tinha dúvidas sobre o Sukitão, não deve ter mais nenhuma: o cara é problemático! É melhor colocá-lo “sentadinho num quarto escuro e trancar a porta” - ele é destrutivo. Semelhanças com os outros que a gente conhece por aqui, pela Argentina, por Portugal?
Minha mãe é que dizia a coisa certa pra essa hora: “Quem não te conhece, que te compre”! Cuidado com esse povo que não vê o povo - provavelmente, quando você estiver nesse lugar, ele também não vai te ver...
E mesmo o mais rico, um dia, vai olhar ao redor e se ver no lugar do povo. E lá nos Estados Unidos, além de povo, vai ter que engolir o latino, ainda por cima – igualzinho aos deportados - algemados da cabeça aos pés...
Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV
“Uma pessoa muda um país” Bug Sociedade
“Conhecemos o mundo apenas pela janela da mente.
Quando a mente está agitada, o mundo também está.
Quando a mente está em paz, o mundo também está.
Conhecer a nossa mente é tão importante quanto tentar mudar o mundo.”
Haemin Sunim
E
“Aquilo em que nossa mente se concentra se torna o nosso mundo.”
Haemin Sunim
Parece tudo tão fácil. Sabemos que é verdade, sabemos que é assim que deve ser, mas passamos por vezes uma vida inteira para o aprender – uma vida inteira para fazer isto muito bem.
Os outros, pelos quais temos respeito ou sentimos medo, influenciam muito este equilíbrio, com palavras, expressões faciais, gestos, decisões, comportamentos – às vezes até conspirações. Sem darmos conta, deixamos que ajudem ou que perturbem a nossa vida e a nossa mente. Aceitamos tudo, mas a parte da turbulência atrapalha muito. As dúvidas, os medos, as inseguranças, os receios, tudo vem da poluição que entra na nossa mente.
Como a nossa casa, o nosso corpo, precisamos manter a mente limpa e organizada. Limpar a casa, é habitual todos os dias ou uma vez por semana. Tomar banho, dependendo do clima, uma, duas ou mais vezes por dia. Limpar a mente, a todo o momento, seja quem for e onde estiver.
Pessoas com talento - todos nascemos assim. O percurso depois vai ajudar mais a desenvolver ou mais a atrofiar esse talento. Ajudam ou atrapalham as participações exteriores – família, professores, amigos, trabalho, saúde, sorte, as pessoas que se cruzam conosco, etc.
São tantas as pessoas que passam pela nossa vida, cada uma dando seu “pitaco”, que alguns esquecem de se ouvir, de ter uma opinião própria, de manter na sua mente o que os outros trouxeram de bom e retirar o que não ajuda. Ou, se até conseguimos fazer esses filtros bem, em algum momento da vida algo vai nos atrapalhar a fluidez – um acidente, a demissão de um emprego, uma separação, o luto, a doença, a falta de dinheiro, etc. Na Sociologia chamam-lhe segundas socializações – momentos que exigem de nós um “começar de novo” cuidadoso para não escorregarmos em nenhum pântano, para não desperdiçarmos os talentos, as oportunidades, a vida. Se escorregamos no pântano, tudo se complica e não existem muitas pessoas capazes de nos ajudar – porque ou também escorregam no mesmo pântano, ou fogem com medo de escorregar, ou até ficam felizes. Raras, raríssimas, as que estão em condições de nos ajudar e de não quebrar junto, de ajudar e nos estimular a desenvolver os talentos, a aproveitar a vida.
As que ajudam, as que conseguem fugir aos pântanos – ou sobreviver a eles – as que conseguem manter sua mente limpa de poluição, as que conseguem perceber a vida ainda com energia e saúde, serão pessoas que farão a diferença nos países, nos continentes, no planeta. Uma aqui, uma ali, nos mostram que é possível. Nos injetam esperança e vontade de fazermos a nossa parte.
O time de Handebol/Andebol de Portugal fez história neste campeonato do mundo, mas uma história que começou há muitos anos, com trabalho e dedicação de muitos profissionais. Gerações de atletas, treinadores, dirigentes, estudiosos. Todos muito especiais, a todos devemos muito. Destaco neste texto os dois irmãos Costa, filhos de um ex-grande jogador – Ricardo Costa - agora grande treinador. Uma vida dedicada ao Handebol/Andebol, que junto com sua mulher, uma também ex-jogadora, influenciaram os dois filhos e permitiram que eles desenvolvessem seus talentos de forma primorosa. Uma família, um homem, uma mulher, dois jovens de 19 e 23 anos, permitem que, somado às histórias e dedicação de todos os outros jogadores, treinadores e dirigentes, nós enquanto portugueses possamos sentir o orgulho de dizer que este ano somos os quartos do mundo.
Não é pouca coisa e o devemos a estas pessoas, às suas famílias, aos seus esforços, à sua capacidade de resistir aos pântanos, de manter a mente limpa de poluição, de ouvir e reter o que é bom, de seguir apesar de tudo.
Cada um de nós pode ser essa pessoa, que se junta a outra pessoa e depois a outra e outra e muda um país, muda as injustiças, muda a corrupção, muda a desigualdade, muda a pobreza, muda a fome. Mente limpa para todos é o meu desejo.
Ana Santos, professora, jornalista
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