Poesia do Chão e das Mãos
- portalbuglatino
- 27 de set. de 2023
- 1 min de leitura

Poesia, essa que nos liga
À vida e aos outros
“Se as minhas mãos pudessem desfolhar”
“Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.
Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.
Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!”
Federico García Lorca
“O Chão Debaixo Dos Pés Dela”
“Toda minha vida, eu a adorei
Sua voz dourada, a cadência da beleza dela
Como ela nos fez sentir
Como ela me fez real
E o chão debaixo dos seus pés
E o chão debaixo dos pés dela
E agora não posso ter certeza de nada
Preto é branco e frio é calor
O que eu admirei, roubei meu amor
Isso era o chão debaixo dos pés dela
Era o chão debaixo dos pés dela
Vá ligeiramente em seus caminhos escuros
Vá ligeiramente ao subsolo
Estarei lá um outro dia
Não posso descansar até que você seja encontrada
Me deixe te amar, me deixe te resgatar
Me deixe te trazer para onde duas estradas se encontram
Oh, volte para cima
Onde só existe amor
E o chão debaixo dos pés dela
E o chão debaixo dos pés dela”
Poema de Salman Rushdie
Cantado pelos U2
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