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“O PRECONCEITO  IMPRESTÁVEL” e “”Japonesemos” as nossas vidas” Bug Sociedade

  • Foto do escritor: portalbuglatino
    portalbuglatino
  • 11 de mar.
  • 6 min de leitura

@JoanaVasconcelos
@JoanaVasconcelos

“O PRECONCEITO  IMPRESTÁVEL” Bug Sociedade

É impressionante como de nós, da sociedade, afloram cada vez mais “tipos” com coragem de nos horrorizar com seus preconceitos.

As pessoas falam de preconceito, sem perder um minuto pensando no que o termo quer dizer. Preconceito: pré-conceito. A pessoa pré-conceitualiza alguma coisa porque não tem vivência e conhecimento para conceituar. Não tem experiência de nenhuma forma naquele assunto e então imagina um conceito que não tem base em nada: nem na ciência, nem na sua vivência. Normalmente é algo que se constrói em cima “do ouvir falar”. Nascem, portanto, da ignorância humana.

Deveria ser “a deixa” para que o ignorante se revelasse ignorante diante do assunto, mas não. Os ignorantes, de alguma forma, são também teimosos e insistem em afirmar e reafirmar, em discordar do que acham que sabem por ouvir falar.

Há muitos exemplos. Um dos mais eloquentes é confundir a sua opinião individual com o papel do Estado. Nós temos escolha: sou a favor, sou contra. Mas o Estado nasce para abrir seu guarda chuva de direitos e deveres sobre todos os que fazem parte dele. Todos nós.

Mudar a regra, como a América do Norte vem fazendo, é uma estupidez. A diplomacia do mundo construiu no pós guerra um lugar onde se respeitam alguns limites. Agora, é cada vez mais normal ouvirmos uma frase que se empurra goela abaixo: vamos pegar seu território, vamos fazer de você o 51º estado da América, vamos sobretaxar e quebrar nosso acordo, nossa promessa, vamos demitir você porque não quer se encaixar “na aba homem e mulher”. Você, que confiou em mim, azar. Talvez seja melhor esse país acabar, vamos fazer um resort roubando o que restou do território e do sofrimento daqueles humanos.

Deveria haver uma resposta mundial contra pessoas e Países bullys. Deveria haver uma resposta a altura. O Canadá está mostrando que amor próprio existe, mas deveria estar sendo acompanhado de inúmeros outros países. De todos. O fato é que o Canadá está na berlinda, as pessoas sabem que outros países não vão escapar, mas se escondem debaixo da mesa, esperando não serem vistos. Mas vão. O problema com os folgados preconceituosos é que eles sempre são “espaçosos”. Querem mais.

Nós continuaremos a não ter amor próprio e agir, antes de sermos humilhados para só então reagir (re-agir)? É só ler as palavrinhas e perceber que não adianta ficarmos escondidos esperando em vão não apanhar, não levar tiro na escola, não sermos assediadas. Podemos agir, criar projetos, políticas, obrigar os políticos a falarem de assuntos que são do no nosso interesse real. Falar de um banheiro para mulheres trans é inutilmente estúpido, já que o nome diz: MULHERES trans. E além do mais, transformar um simples banheiro em lugar de encontro, “caça” sexo ou qualquer coisa similar é pensamento de homem. Macho. O gênero feminino – as trans e as hetero – costuma ir ao banheiro para fazer o número um e o número dois, lavar as mãos, retocar maquiagem e ir embora. Afinal, quem vai lembrar de fazer alguma coisa além disso no banheiro? Oops... Eles! Os preconceituosos imaginam tudo. Dentro daquele espaço mínimo onde só cabe o vaso sanitário e você “acontecem coisas que devem horríveis, lascivas e imperdoáveis!”. Eu, hein...

Ignorantes e preconceituosos do mundo inteiro: me poupem! É mesmo cansativo demais ouvir que a menina morreu porque usou saia curta, porque terminou o namoro, porque é gay... O preconceito é cansativo, estúpido. A ignorância é... trevosa. Uma chatice, aliás.

Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro, TV

 

“”Japonesemos” as nossas vidas” Bug Sociedade

Toshiko Hamanaka, vice-secretária-geral da organização japonesa Nihon Hidankyo que recebeu o Nobel da Paz em 2024, lembra: “Temos que começar a falar da nossa história para que não se repitam as bombas atómicas”. Até agora era doloroso falar nesses assuntos e todos sabíamos o quanto eram importantes. Parece que alguns de nós passaram a zona do cuidado, da preocupação e do respeito, com os assuntos “sagrados” da vida. E são muitos esses assuntos “sagrados” que estão sendo profanados. Demasiados.

Também assistimos a uma quantidade avassaladora de pessoas que quando abrem a boca, soltam palavras, impropérios, raciocínios e definições da vida que fazem arrepiar os cabelos até dos carecas. O nosso cérebro até tem dificuldade em aceitar aquele som como informação e fica rodando e parando, como se fosse uma máquina de lavar roupa no momento de lavagem. Você pensa que é brincadeira, mas não é. Infelizmente não é. Aquela pessoa sente aquilo, acha aquilo e segue em frente. Quem quiser que se desvie.

É gente, saudades dos velhos tempos em que tudo parecia difícil, mas afinal era um difícil mais fácil.

Por vezes, precisamos permanecer nessa lama da vida, nessa água parada, sem grandes hipóteses de alteração. Aguentar já é uma enorme ação e a nossa salvação. Vamos ficando mais velhos e vamos percebendo que a vida também é isso. Mas atenção, muita atenção!!! Também precisamos entender que não é para aceitar e ficar ali para sempre, tipo, “agora é assim a minha vida”. Nada é para sempre, incluindo os momentos menos bons, as situações sem solução. E é aqui que eu tento ir buscar exemplos, buscar forças, buscar soluções, buscar alternativas, buscar quem eu sou de melhor. Lembrar da forma silenciosa, pacífica e nobre como enfrentaram o impossível, pessoas como Mahatma Gandhi, Nelson Mandela e tantos outros. Lembrar como os atletas que ultrapassam recordes, ultrapassam o que consideramos limites. Lembrar que cada um de nós pode ser melhor, pode sempre melhorar. Lembrar que as pessoas quando estão em situações de desespero, precisam ter dentro de si informações importantes para aqueles momentos, precisam acreditar que é possível sair daquele caos, precisam se unir. Lembrar como o povo Japonês se comporta perante as dificuldades. Um povo que se renova, que pensa no outro, que estabelece ações muito concretas e práticas para momentos como terramotos, que honram suas qualidades. As pessoas dizem que os japoneses vivem como se já fosse 2050. É mais ou menos isso. Você visita o país e percebe que eles pouco repetem o que os outros países fazem porque isso os atrasa. Eles criam regras e comportamentos inovadores e inesperados, tudo com interesses saudáveis, econômicos, culturais e sociais. Alguns como as sanitas podem ser uma experiência engraçada. Mas colocar pele viva nos robôs; as técnicas e métodos tradicionais de construção japoneses, como o Kakezukuri, que permite criar uma estrutura com grande resistência sísmica e o wafu, que dispensa o uso de parafusos e pregos em peças de madeira esculpidas para se encaixarem umas às outras; os kits de sobrevivência; as marmitas quando viajas nos trens, e; as marmitas que aquecem a comida em 5 minutos, depois de você retirar um fio. Ouviu bem. Assista aqui para não pensar que eu inventei.

Com a desculpa ou justificação de que as coisas não estão fáceis, vamos fazendo tudo pior, mais rápido, mais descuidado. Olhemos os japoneses. Não é apenas uma marmita, é uma preocupação com a alimentação de um povo. Não é apenas uma descoberta interessante para aquecer a comida, é dar a possibilidade de comer de forma saudável e com a temperatura adequada, em qualquer lugar. É valorizar a cultura gastronômica de um país. É utilizar as invenções para coisas boas para todos. Não é ninguém sendo o esperto que ganha mais do que todos. É alguém que descobre uma forma de todos poderem viver melhor.

Você viaja pelo país e vai conhecendo os lugares e a gastronomia. Isso é cultura, é entender quem somos.

O robô humanoide ASIMO, da Honda, capaz de correr, subir escadas, interagir com pessoas, desapertar tampas de garrafas. Pepper, da SoftBank Robotics e similares, utilizados como cuidadores de idosos, assistentes em lojas.

A Toyota lançou em 2020 o projeto Woven City, uma cidade junto do Monte Fuji, servindo como um local de experimentação em tempo e em situação real.

A Fujitsu desenvolve sistemas mais precisos de diagnóstico de doenças.

Temos, os que não somos japoneses, a tendência para querer saber o que os outros fazem e repetir – mesmo sem saber se aquilo é bom para nós.  Se mesmo assim for bom, será bom repetir, mas porque não olhamos para os nossos costumes, para as nossas possibilidades e encontramos as nossas soluções? Soluções que estão aguardando ser descobertas. Soluções para daqui a 10 ou 20 anos, ou mais.

Viver não é só repetir o que os outros fazem, mesmo que o que fazem seja bom.

Ana Santos, professora, jornalista

 

 

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