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“BRAIN ROT, REBORN – EU, HEIN? – SEU CÉREBRO ESTÁ SE DETERIORANDO?” e “Não está dando certo” Bug Sociedade

  • Foto do escritor: portalbuglatino
    portalbuglatino
  • 6 de mai.
  • 5 min de leitura

Christina Motta
Christina Motta

“BRAIN ROT, REBORN – EU, HEIN? – SEU CÉREBRO ESTÁ SE DETERIORANDO?” Bug Sociedade

         É traumatizante desde o nome – brain rot ou cérebro podre – ainda mais se for por uso indiscriminado - vicio - de vida digital. Depois de pensar que o Bug Latino praticamente nos obriga a conviver com pessoas – na sua maior parte muito inteligentes – fico pensando o que leva uma parte cada vez mais significativa da humanidade a se fixar em padrões estranhos, como o reborn.

         Você sabe o que é? Uma pessoa adulta, compra um boneco que imita um recém-nascido e o “adota”, como se fosse um bebê real: leva pra pracinha, contrata um “obstetra” de boneco pra fazer o “pseudo-parto”, conversa, elogia a beleza do boneco da mulher adulta que desenvolveu a mesma mania estranha que ela. Você compra o boneco; você sabe que ele é um boneco porque pagou um dinheirão por aquela imitação mal feita de gente; mesmo assim, “faz de conta” que ele é de carne e osso, de verdade, apresenta ele como se fosse da sua família, carrega no colo, limpa a boquinha e tudo mais o que se faz com um bebê verdadeiro. Será que ele faz xixi e cocô?

O que é brain rot? Isso e muito mais.

Já experimentou perguntar aleatoriamente para um transeunte – como Nelson Rodrigues denominava os passantes, na rua - como se chega a um lugar mais um pouquinho difícil? Já prestou atenção em como as pessoas explicam o que estão sentindo, os seus sintomas de doença? Já reparou como elas “caem” em qualquer história? Não desconfiam que parece estranho – apenas acreditam.

O Eduardo Bolsonaro falou que vinha um inspetor americano aqui para “averiguar” como estava o comportamento do Ministro Alexandre – muitos acreditaram. Que a camisa vermelha nova da seleção era comunista ou que tinha sido o Lula a obrigar a Nike a trocar de cor por causa do PT– muitos acreditaram. Ninguém para e pensa em nada. Eu sou seguidor de fulano e tudo o que ele diz é perfeito – mas o pedaço que ninguém nunca viu a cara de fulano na vida real, não se diz. Omite-se.

Interpretação de texto, só diminui de qualidade. Leitura, só diminui. Escrever, também. Pensar linguisticamente, então... Debater usando palavras, nem pensar. Entre violência e argumentação... Só de lembrar o que a gente vê, na rua...

Estamos mesmo preferindo olhar telas o dia inteiro? Ainda ontem, fiquei conversando com um amigo até tarde – ele é escritor – que prazer! Um deleite! Brincadeiras verbais, ironias, pensando soluções, falando de como estão as pessoas, nossas perdas...

Brain rot.

Hoje à tarde, outro amigo nos trouxe um presente tirado da sua casa, da sua vida porque se lembrou de nós, de como somos e de como achava que aquele objeto – na sua família, havia anos – combinava com a nossa casa. Quantas pessoas atualmente pensam na gente assim? Quantas pensam? O que você pensa, enquanto rola a tela do celular? O que você conversa com seu filho, neto, sobrinho, marido, namorado? Quantas palavras novas você aprende por dia? Ainda consegue escrever usando a sua própria mão? Sabe tabuada? Como faz compras?

Brain rot.

Seu filho está aí, olhando para outra tela. E você? Nenhum assunto? Nenhum carinho? Nada de se sentar ao seu lado e ajudar a fazer o dever de casa, sem briga, sem estresse, sem tragédia? Quantas histórias você contou para alguma criança no mês passado? Se juntou aos seus amigos da vida real para conversar? Você tem amigos na vida real? É criativo? Tem soluções para problemas ou apenas sofre e perde a iniciativa de resolvê-los?

Você acreditou que o Trump estava ofendendo a Igreja, quando se fantasiou de Papa? Se um influencer disser que tem algo contra gays, você concorda, sem pensar? Porque as mulheres trans não podem fazer xixi no mesmo banheiro que as mulheres hetero? Nada ainda? Nenhum desconforto? Se lembrou de algo? Alguma semelhança? Suspeita?

Fuja da treva da ignorância!

Brain rot...

Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV

 

“Não está dando certo” Bug Sociedade

Visite o Instagram de Maria Bethânia - @mariabethaniaoficial - e veja o vídeo e ouça suas palavras sobre as chuvas e o que elas provocaram em Santo Amaro da Purificação, sua terra natal. Este está a ser e será um mês preocupante por causa das chuvas, aqui na Bahia.

Somos tão fortes e tão rápidos a falar, mas tão lentos e tão fracos a prever, a ajudar, a construir. Que coisa mais triste. Nós, os pequenos seres humanos, pensando que conseguimos dominar o mundo, os oceanos, as terras, os rios, as emoções, a justiça. Deixando para lá o importante e nos concentrando na mesquinhez e em nos lambuzarmos com a futilidade que nos mantém ocupados.

Tudo cansa, mas não podemos dizer isso e ir à nossa vida. Nem podemos mudar de tema. Pelo menos não devíamos.

Se até uma das grande Divas do Brasil, Maria Bethânia, também precisa pedir ajuda pelos seus conterrâneos, e pedir ajuda de forma educada e muito cautelosa, conseguimos perceber nas “entrelinhas” que não somos nada, nem ninguém, perante os poderosos que tudo têm, tudo querem, tudo se sentem no direito de fazer. O nível de sucesso, fama e até de algum dinheiro destes artistas incríveis, fica longe, mas muito longe, do patrimônio e poder dos que realmente decidem. E não são só os políticos, que cada vez ficam mais num lugar de obediência e cumprimento de obrigações dos “donos do pedaço”. Os realmente poderosos e que decidem.

Se olharmos cruamente para tudo o que está a acontecer, não nos parece que os que decidem desejem mudar seja o que for nas suas decisões. Nós, comuns mortais, assustados, indignados, sofrendo, percebemos que tudo vai piorar e tentamos mudar a nossa postura e nossos comportamentos. Mas somos tão insipientes, tão invisíveis, tão pequeninos... Tentamos beliscar os gigantes, mas ao mesmo tempo também precisamos impedir que nos pisem, ou até que nos esmaguem. Nós pequenas formigas tentando intimidar os gigantescos elefantes. Me recorda uma anedota que eu adorava contar quando era jovem: acontecia um jogo de futebol entre um time de formigas e um de elefantes. De repente, numa disputa de bola, um dos elefantes pisou uma formiga e a esmagou. O árbitro interrompeu o jogo, chamou o capitão de cada time e pediu ao capitão dos elefantes que pedisse desculpa por aquela desgraça ao capitão das formigas. Ele pediu. Acontece que o capitão das formigas agradeceu o pedido de desculpa, mas falou que era normal. Tinha acontecido a elas, mas na jogada seguinte poderia acontecer aos elefantes. Acho que é isso que nos define na vida também. Ficamos achando que temos poder sobre o mundo e a vida, que nos batemos de igual para igual com essas pessoas, mas enquanto formigas, não temos qualquer hipótese de competir, nem enfrentar os “elefantes” que existem à nossa volta. Fazemos de conta que conseguimos, que com a nossa imensa coragem vamos ser capazes – como no filme de animação “Como Treinar seu Dragão”. E saltamos, esbracejamos, gritamos, lutamos, mas eles nem nos veem, nem prestam atenção. Esmagam-nos caminhando e nem percebem. Nem sentem. Nem querem saber.

As nossas estratégias, falas, atitudes, comportamentos talvez precisem de uma revisão. Desta forma não está dando resultado. E talvez a quem a gente tenta atingir e a quem a gente pede ajuda, talvez não estejam bem “escolhidos”.

Não está dando certo. Desta forma não está dando certo.

Ana Santos, professora, jornalista


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