Os alunos que agora terminam um ciclo de estudo e se preparam para entrar no mundo acadêmico estão a ter algumas atividades de esclarecimento nas suas escolas e colégios. Todos os anos é assim, no mundo inteiro. São convidadas pessoas que seguiram caminhos profissionais convencionais, outras caminhos não convencionais. Apresentam-se várias experiências para que os mais jovens possam aprender, ter referencias para que o futuro seja mais previsível, diversificado e menos assustador.
Também se organizam encontros durante uma manhã ou o dia inteiro com especialistas das profissões mais variadas, para os alunos tirarem dúvidas sobre que matérias vão ter, como serão as oportunidades profissionais depois de terminar a graduação, o que é mais difícil, mais fácil, experimentar vivências, etc.
As escolas e os colégios fazem a sua parte. As famílias também. Mas todos sabemos o turbilhão de certezas (certezas sim), dúvidas e desejos que se vivem dentro de um corpo e de um cérebro de adolescente. Também todos sabemos que nada sabemos do futuro. Nunca soubemos. Nunca saberemos.
Ciclicamente insistimos que esta época é que vai ser difícil, que as profissões vão mudar muito e a vida de todos também. Mas sempre foi assim, sempre será. Lembro perfeitamente quando mostrava o que se podia fazer com um computador e com a internet há 20 anos, a pessoas com mais de 70 anos, elas me achavam louca ou que era mentirosa. Saber que já existem protótipos de carros voadores também me deixa estranha porque sou da época dos desenhos animados dos Jetsons e eu amava aqueles carros voadores e as casas todas automatizadas e com empregados robôs. E agora tudo isso existe. Tudo é já parte da nossa vida. Carros que se movimentam sozinhos, estacionam sozinhos, frigoríficos/geladeiras que nos lembram que ficaram mal fechadas, etc, etc, etc.
Mas, o ser humano faz o que quer e quando quer. Ele é capaz de tudo. Por isso é bastante difícil ver o que escolhe fazer de errado, o que escolhe não fazer pelo bem de todos. Por isso não se compreende como existem pessoas com fome e sem ter onde dormir. Por volta das 19h/20h ouço o som da vida real: barulho de pessoas pelas ruas abrindo os sacos do lixo para comer o que houver e catando latas de refrigerantes/sumos e de cerveja para colocar num saco de plástico imundo. Essas latas lhes dão direito a um valor miserável em dinheiro. Tudo real e inacreditável.
Por isso e muito mais eu diria aos jovens que estão escolhendo o seu futuro, a sua profissão, o seu propósito (como se fala muito aqui), que sejam capazes de escolher profissões que ajudem a resolver os verdadeiros problemas como a fome, as doenças e os desalojados, que ajudem a descobrir a cura de doenças com rapidez não como negócio, que ajudem a recuperar um planeta que está sendo destruído pela cegueira e ambição humana, que sejam capazes de descobrir formas das pessoas não serem tratadas de forma diferente por serem de outro país, de outra cor, de outro estatuto social, gênero. Que ajudem as pessoas a voltarem a amar a terra, não o concreto/betão, mas a terra, de onde nasce tudo que é belo e puro. Que ajudem. Seja o que for que vão estudar que seja para ajudar, não para o seu ego. Por favor. A cadeia de coisas erradas precisa terminar com alguém corajoso. Desejo enormemente que sejam vocês os que serão capazes e nós que precisamos de ajuda, estamos aqui para unir forças.
Por favor não aprendam demagogia, mentira, inveja, cegueira, vaidade, prepotência, arrogância, empáfia, frieza e todas as verdadeiras doenças que insistimos em não curar.
Desejo do fundo do coração que queiram ser nobres, honestos e dedicados à vida humana e à vida do planeta Terra. Sejam diferentes. Melhores. O Bug aguarda ansiosamente por vocês. Quando chegarem, na porta tem um sininho. Toquem para que vos possamos ouvir e vir abrir a porta do futuro.