A primeira coisa a se notar é que a história é feita de pequenas crônicas associadas – diferente. Outra coisa é a ambientação, o cenário – todo incrível, fabuloso, totalmente mágico, montado como se fosse uma ópera, onde as cenas mudam e você vê os cenários se adaptarem a elas. Outra coisa é a qualidade, o nível dos atores escolhidos para esse curta, a começar por Ben Kingsley e já emendando em Benedict Cumberbatch, Dev Patel, Ralph Fiennes. E ainda outra estranheza: o ritmo. As falas alucinantemente rápidas, num trabalho de dicção primoroso – que infelizmente foi abandonado pelo nosso cinema e TV e que já vem sendo meio desprezado também no teatro. Ainda cabe outra estranheza? O roteiro. Que história mais louca e maravilhosa! E que amarração perfeita a de Wes Anderson, que capta emoções, olhares, intenções de maneira a nos conduzir na mágica sensação que acaba gerando a pergunta: e se tivesse acontecido comigo, o que eu faria? Seria generoso? Não? Nem tanto? Quem sou eu, afinal?
Muitas perguntas...
Ana Ribeiro, diretora de cinema, teatro e TV
Um filme nada convencional. Com movimento e cenários soberbos, um filme que também parece, de vez em quando, uma peça de teatro que quebra a quarta parede – muito interessante assistir aos personagens falarem também para o espectador. A própria história - ou várias histórias numa só - baseada num conto de Roald Dahl, é diferente, cativante, inspiradora em certa medida, ou “explicativa” de como o ser humano lida com oportunidades.
Vários atores de sucesso e de enorme talento – vai reconhecer todos facilmente. É muito interessante e fora dos padrões. Wes Anderson, tem realmente uma assinatura muito própria e isso é de aplaudir. E de assistir. Não perca.
Ana Santos, professora, jornalista
Sinopse: Narra uma variedade de histórias, mas a principal segue Henry Sugar, que é capaz de ver através de objetos e prever o futuro com a ajuda de um livro que roubou.
Direção: Wes Anderson
Elenco: Ralph Fiennes, Benedict Cumberbatch, Dev Patel.
Informações e trailer: