Que filme! Pegamos no Canal Arte1 por acaso e foi perfeito, de bom gosto, com testemunhos de grandes artistas sobre o exato momento onde se abriu a oportunidade de unir dois monstros da música brasileira – Elis e Tom, no LP “Águas de Março” – um marco da MPB.
O bom gosto na edição foi incrível. O DOC feito em cima de depoimentos é já bastante conhecido, mas as personalidades que estão ali, nos fazem retroagir o tempo porque, ali na sua frente, estão Elis, Tom, Nelsinho Motta, Cesar Camargo Mariano falando, rindo, ensaiando ao redor do piano - e se estranhando - até que a criação dessa obra prima saísse de dentro do talento de todos.
Uma das coisas que achei perfeita é que todos poderiam simplesmente se isolar no próprio talento, mas não – houve desejo suficiente para todos superarem momentos de grande tensão e se apaixonarem entre si, através da música.
Dá talvez uma sensação de perda enorme... Que geração tivemos, que geração vivemos... O filme é capaz de gerar emoção em todas as pessoas que estiveram presentes naquele momento. Vê-lo, assisti-lo, nos dá a dimensão do quanto nossa vida se enriqueceu ao podermos partilhar de Caetano, Chico, Gil, Gal, Betânia e eles – Elis e Tom. O legado, a herança que a música brasileira recebeu por causa do talento deles é incrível – e o filme, sem grandes salamaleques, mas com falas de outros artistas que estiveram presentes na preparação do disco, marcam o tempo todo.
Portanto, de Frank Sinatra, passando por grandes nomes do jazz americano, da bossa nova e da MPB, ELIS E TOM mostram o decorrer da década de 1970 de uma forma romântica, através de uma música sofisticada e comercial e não apenas de mercado, de consumo e altamente sexualizada. Mas isso é outro assunto.
Imperdível. Aumentem o som, chamem todos e apresentem uma música realmente genial aos mais novos. Eles precisam conhecer.
Ana Ribeiro, diretora de teatro, cinema e TV
Lindo, lindo. Feito com extremo bom gosto, com depoimentos muito interessantes. Ter a possibilidade de ter imagens da gravação deste álbum histórico, de saber dos problemas e das alegrias, de os ouvir, conversando e cantando, é uma enorme honra e uma felicidade enorme.
Elis leve, linda e talentosa, Tom, vaidoso, muito famoso entre os maiores da história da música como Frank Sinatra, de temperamento mais difícil, mas que a música, a criação e este álbum juntou nesta obra prima de filme e de álbum. Imperdível para quem gosta de música, obrigatório para quem gosta de Elis e de Tom Jobim.
Que relíquia...
Interessante como este álbum fez sucesso pelo mundo inteiro. Em Portugal era ouvido e amado. Uma época de extrema riqueza musical, com o Brasil ensinando e abrindo novos caminhos para a música. E nós humanos comuns felizes da vida por termos podido usufruir da sua presença neste mundo, por poder ter conhecido este álbum, nessa época e por agora conhecermos os bastidores e meandros da construção desta obra prima.
Imperdível, imperdível, imperdível.
Ana Santos, professora, jornalista
Sinopse: Los Angeles, fevereiro de 1974. Tom Jobim, a encarnação da Bossa Nova, e Elis Regina, então a cantora mais popular do Brasil, se reuniram para gravar aquele que se tornaria um dos álbuns mais icônicos da história da música brasileira.
Direção: Roberto de Oliveira, Nelson Motta.
Elenco: Elis Regina, Antonio Carlos Jobim, Paulo Braga, etc.
Trailer e informações: